
A transforma��o digital das empresas � uma exig�ncia para ontem e a sa�de dos colaboradores � o maior ativo que as empresas t�m. Essas duas constata��es s�o os maiores aprendizados que a pandemia do novo coronav�rus deixa, na opini�o de Alessandro Ferreira, vice-presidente do Grupo Pardini.
Com a veia inovadora e sem temer a mudan�a, Alessandro Ferreira enfatiza que o grupo implantou verdadeiras transforma��es, todas impulsionadas pelo desafio do enfrentamento � COVID-19.
“Pela forte atua��o no combate � atual pandemia, desde antes do primeiro caso diagnosticado no Brasil, lan�amos na �ltima semana de junho o programa Gest�o Sa�de. � uma plataforma que une os dois grandes aprendizados, a import�ncia do cuidado com a sa�de ocupacional e a digitaliza��o das empresas.”
“Pela forte atua��o no combate � atual pandemia, desde antes do primeiro caso diagnosticado no Brasil, lan�amos na �ltima semana de junho o programa Gest�o Sa�de. � uma plataforma que une os dois grandes aprendizados, a import�ncia do cuidado com a sa�de ocupacional e a digitaliza��o das empresas.”
Para Alessandro Ferreira, as crises provocadas por epidemias e pela atual pandemia mostram que � cada vez mais necess�rio ser r�pido, eficiente e adapt�vel. Em tempos de crise, segundo ele, o famoso fazer mais com menos � o melhor conceito de efici�ncia.
“Mas n�o basta ser eficiente, precisamos ser �geis nas tomadas de decis�es e nos adaptar rapidamente diante das constantes mudan�as. Um grande processo de sele��o natural � aplicado sobre as empresas. V�o sobreviver aquelas que se enquadrarem a essas demandas.”
“Mas n�o basta ser eficiente, precisamos ser �geis nas tomadas de decis�es e nos adaptar rapidamente diante das constantes mudan�as. Um grande processo de sele��o natural � aplicado sobre as empresas. V�o sobreviver aquelas que se enquadrarem a essas demandas.”
Para Alessandro Ferreira, at� aqui foram muitos os ensinamentos impostos pelo v�rus desafiador. “Uma maneira muito eficaz de sobreviver em uma crise � trabalhar em conjunto, como um ecossistema. N�o aprendemos bem isso ainda. As colabora��es s�o t�midas e a desconfian�a ainda faz com que as empresas e as pessoas continuem tendo a��es isoladas.”

EVITAR TRAG�DIAS
Aprendizados, li��es em andamento, mas certamente o desejo da maioria � saber como a rede de sa�de pode investir em preven��o e cuidados para evitar que trag�dias como a do novo coronav�rus voltem a ocorrer. Alessandro Ferreira aponta duas quest�es: prever e prevenir uma epidemia passa por um grande investimento em sa�de p�blica, condi��es sanit�rias b�sicas e educa��o em sa�de para a popula��o.
“Al�m das obriga��es dos �rg�os p�blicos, defendo que n�o d� para controlar ou prevenir uma epidemia sem a colabora��o da popula��o. Al�m da COVID-19, nas epidemias de arboviroses vimos que sem a popula��o agir na limpeza dos quintais, por exemplo, a doen�a permanece circulando e volta de tempos em tempos.”
“Al�m das obriga��es dos �rg�os p�blicos, defendo que n�o d� para controlar ou prevenir uma epidemia sem a colabora��o da popula��o. Al�m da COVID-19, nas epidemias de arboviroses vimos que sem a popula��o agir na limpeza dos quintais, por exemplo, a doen�a permanece circulando e volta de tempos em tempos.”
A outra quest�o salientada pelo vice-presidente do Grupo Pardini � como evitar que isso vire uma trag�dia. “Hoje, est� claro que os servi�os de vigil�ncia epidemiol�gica precisam ser mais eficazes e se modernizar. Vimos esse v�rus se espalhar pelo mundo e demoramos para entender a gravidade. Tivemos um carnaval no Brasil ao mesmo tempo em que pa�ses estavam em situa��o de calamidade p�blica, com o v�rus se propagando. O planeta n�o tem mais barreiras. Pessoas v�o e voltam de pa�ses ao redor do mundo sem nenhuma dificuldade. Com mais rigor na preven��o, a trag�dia certamente � menor.”
Mesmo diante dos desafios, al�m do v�rus, Alessandro Ferreira acredita que a pandemia deve deixar alguns legados. Entre eles, novos h�bitos que ser�o essenciais e poder�o impactar a melhora da sa�de em geral. Lavar e higienizar as m�os constantemente previne mais de uma dezena de doen�as extremamente comuns na popula��o.
Ele ressalta que uma doen�a que � mais letal em hipertensos e obesos deixa evidente a necessidade de termos h�bitos mais saud�veis e de estarmos em dia com exames e aten��o m�dica, cuidando da hipertens�o e da obesidade, evitando aumentar o n�mero de pacientes cr�nicos no pa�s.
Ele ressalta que uma doen�a que � mais letal em hipertensos e obesos deixa evidente a necessidade de termos h�bitos mais saud�veis e de estarmos em dia com exames e aten��o m�dica, cuidando da hipertens�o e da obesidade, evitando aumentar o n�mero de pacientes cr�nicos no pa�s.
Alessandro Ferreira chama a aten��o ainda para a clara import�ncia da ci�ncia nesse contexto. “Em pouco tempo, cientistas e empresas do mundo todo, incluindo os do Brasil, produziram informa��es m�dicas e cient�ficas relevantes sobre um v�rus novo, sequenciamos seu genoma, descobrimos como prevenir, como diagnosticar e estamos a passos largos para produzir uma vacina. A COVID-19 colocou lado a lado alta tecnologia (como o RT-PCR e a gen�mica viral) com h�bitos de sa�de coletiva simples e eficazes como lavar as m�os. Isso tudo com a orienta��o da ci�ncia.”
Atendimento humanizado
Diante do risco de infec��o por COVID-19, o isolamento social recomendado por �rg�os de sa�de para conter a doen�a provocou um afastamento nas rela��es humanas, o que interferiu tamb�m no contato m�dico-paciente e as formas de agir da medicina. O que antes era feito presencialmente, como consultas e exames, passou a ser feito de forma virtual ou por atendimento domiciliar.
Neste contexto, o diretor-presidente da Unimed-BH, Samuel Flam, destaca que em um futuro p�s-pandemia algumas medidas tidas como essenciais e necess�rias em meio ao surto de contamina��o pelo novo coronav�rus, posteriormente, poder�o se tornar alternativas capazes de aproximar m�dico e paciente, bem como de acompanhamento de quadros cl�nicos e doen�as cr�nicas.
Entendo que todo o sistema de sa�de ter� um grande aprendizado, e poder� usar isso em benef�cio da sociedade”
Samuel Flam,
diretor-presidente
da Unimed-BH
“O enfrentamento da pandemia fez todo o setor de sa�de se adequar e passar a oferecer novos servi�os, al�m de ter que cumprir novos protocolos. E a experi�ncia com a consulta on-line, por exemplo, tem sido muito positiva e bem avaliada pelos clientes.”
No entanto, para o p�s-pandemia, Flam entende ser importante que haja cautela ao usar esse tipo de servi�o. “Tudo indica que a telemedicina, ap�s essa experi�ncia, poder� ser uma op��o a mais no cuidado dos m�dicos com os clientes, mas sem substituir a consulta presencial. Entendo que todo o sistema de sa�de ter� um grande aprendizado, e poder� usar isso em benef�cio da sociedade”, pontua.
Quanto ao cen�rio p�s-pandemia, o diretor-presidente da Unimed-BH ressalta que pequenas iniciativas de humaniza��o do contato m�dico-paciente e de conforto aos enfermos tende a ser um legado.
“Uma ideia adotada em conjunto com os colaboradores de assist�ncia, por exemplo, foi colocar suas fotos por cima dos equipamentos de prote��o, uma vez que toda essa paramenta��o, apesar de necess�ria para a prote��o dos pacientes e profissionais, os deixa cobertos e quase irreconhec�veis. S�o iniciativas que foram desenvolvidas internamente e tiveram um resultado extremamente positivo, humanizando ainda mais a rela��o entre os profissionais de sa�de e os pacientes”, diz.
“Uma ideia adotada em conjunto com os colaboradores de assist�ncia, por exemplo, foi colocar suas fotos por cima dos equipamentos de prote��o, uma vez que toda essa paramenta��o, apesar de necess�ria para a prote��o dos pacientes e profissionais, os deixa cobertos e quase irreconhec�veis. S�o iniciativas que foram desenvolvidas internamente e tiveram um resultado extremamente positivo, humanizando ainda mais a rela��o entre os profissionais de sa�de e os pacientes”, diz.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Teresa Caram