Bras�lia - A recupera��o da quantia milion�ria desviada na constru��o do F�rum Trabalhista de S�o Paulo, esc�ndalo da d�cada de 1990, est� longe de chegar ao fim. Em 2001, o rombo no epis�dio envolvendo o ent�o senador Luiz Estev�o e o juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, foi avaliado em R$ 169,5 milh�es pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). Dez anos depois, chega a R$ 1,1 bilh�o, sendo que apenas R$ 50 milh�es foram recuperados, cerca de 4,5% do total da d�vida.
O feito chegou a ser destacado em relat�rio recente do Departamento de Estado dos Estados Unidos como boa pr�tica no combate � corrup��o.
No processo principal de execu��o contra o grupo, foram penhorados 1.255 im�veis. Entretanto, a grande maioria deles n�o � o alvo de reclama��o porque � ocupada, o que dificulta a libera��o na Justi�a. Para tentar garantir o pagamento da d�vida no menor tempo poss�vel, a AGU investiu nos im�veis da empresa ocupados pela Uni�o e pelo governo do Distrito Federal, mas acabou esbarrando em outro obst�culo.
“Haviam pr�dios inteiros alugados para a administra��o publica que n�o estavam originariamente no nome do Grupo OK. Foi feito um trabalho de pesquisa e descobriu-se que eram laranjas e que por tr�s disso estava o Luiz Estev�o”, explica Mendon�a. Atualmente, dez desses im�veis est�o com os alugueis penhorados pela Justi�a, gerando dep�sitos mensais de R$ 2,6 milh�es para quitar a d�vida.
O advogado da Uni�o diz que n�o h� expectativa de quando o processo pode chegar ao fim, uma vez que durante o processo podem surgir fatores imponder�veis. Entretanto, afirma que n�o h� forma de o grupo escapar do pagamento do que deve.