Come�ou no in�cio da tarde desta quarta-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento sobre a extradi��o do italiano Cesare Battisti. Ele est� preso no Brasil desde 2007, aguardando resolu��o sobre o pedido feito pela It�lia para que fosse extraditado. Battisti foi condenado � pris�o perp�tua pelo assassinato de quatro pessoas, na d�cada de 1970. N�o participam do julgamento de hoje os ministros Antonio Dias Toffoli e Celso de Mello, que se declararam impedidos.
Do lado de fora, ativistas do movimento Cr�tica Radical gritam palavras de ordem em defesa de Battisti. Esse foi o mesmo grupo que fez manifesta��es dentro do plen�rio do STF nos primeiros julgamentos de Battisti, desrespeitando as regras da Corte. Do lado de dentro, o embaixador da It�lia no Brasil, Gherardo La Francesca, veio acompanhar pessoalmente o desfecho do caso. Ele disse que o assunto � considerado importante para a It�lia e que ''o julgamento j� levou tempo demais''. O processo de extradi��o foi ajuizado pela It�lia em maio de 2007 e teve seu primeiro julgamento no STF, no fim de 2009. Antes disso, o ent�o ministro da Justi�a, Tarso Genro, decidiu conceder ref�gio pol�tico a Battisti, o que n�o bastou para livr�-lo do processo de extradi��o, nem da pris�o. Ao analisar o caso, o STF entendeu que o ativista deveria ser extraditado, mas deixou a palavra final para a Presid�ncia da Rep�blica por entender que se tratava de um ato pol�tico. O caso ficou nas m�os do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva at� o �ltimo dia de seu mandato. Em 31 de dezembro do ano passado, Lula se decidiu pela n�o extradi��o de Battisti. Novamente, a decis�o n�o foi suficiente para soltar o italiano. Segundo o presidente do STF, Cezar Peluso, era necess�rio aguardar que o plen�rio do Supremo dissesse se o teor da decis�o de Lula estava de acordo com o que foi definido em 2009 e com o tratado de extradi��o firmado entre o Brasil e a It�lia.