
Sarney disse que a sua opini�o n�o deve ser vista como uma imposi��o ao Senado, mas sim como a opini�o pessoal de um parlamentar. "N�o vou aliciar ningu�m", destacou. "Minha posi��o de presidente do Senado � sempre posi��o de isen��o, mas isso n�o me inibe de ter minha opini�o".
Ele tampouco quis opinar sobre as alternativas propostas pelo l�der do PSDB, �lvaro Dias (PR), e o senador Walter Pinheiro (PT-BA), para derrubar o sigilo da Medida Provis�ria 527. O tucano entende que a MP deveria ser devolvida ao governo, porque � inconstitucional. J� o petista defende um acordo pr�vio que assegure a iniciativa da presidente Dilma de vetar o artigo, sem inviabilizar a agilidade na contrata��o das obras da Copa.
No entender de Sarney, h� espa�o na Casa para tratar do tema de comum acordo com a maioria dos senadores. "O Senado naturalmente dar� a sua decis�o. Sempre tenho dito que no Congresso h� um espa�o do interesse comum (no qual) as diversas correntes podem ficar unidas", defendeu. "Acho que h� sempre um espa�o para negocia��o, de maneira que pode ser feito acordo aqui dentro do Senado", frisou, reiterando a posi��o de retirar o dispositivo que oculta os pre�os das obras da MP.
Sobre a iniciativa da presidente Dilma, de alegar que o sigilo vai evitar corrup��o e a combina��o de pre�o entre as empresas, Sarney disse que o governo deve ter algum motivo para agir dessa forma. "Naturalmente se o governo mandou (o texto) nesses termos deve ter algum motivo, agora cada um de n�s tem a sua opini�o e eu n�o vejo nenhum diferen�a entre obras da Copa e qualquer obra p�blica", destacou.
Ele rebateu a ideia de que estaria se opondo ao governo, ao defender que "diverg�ncias de ideia n�o significa que seja contra". "Estou divergindo de um projeto e das ideias", concluiu.