Menos de 24 horas depois de aprovada pelos deputados, o Senado emitiu nessa quarta-feira sinais de que n�o vai alterar a Medida Provis�ria 527, que criou o regime diferenciado de contrata��o para obras da Copa e Olimp�ada. A proposta, que chegou ontem ao Senado, foi previamente desidratada dos pontos pol�micos. Um movimento de pacifica��o encabe�ado pela presidente Dilma Rousseff convenceu parlamentares da base a aprovar o Regime Diferenciado de Contrata��es P�blicas (RDC).
Juc� citou como exemplo a retirada do artigo que dava abertura � Fifa e ao Comit� Ol�mpico Internacional (COI) para exigirem mudan�as nos projetos b�sicos e executivos de obras sem limites para aumento do or�amento e a especifica��o de que os �rg�os de controle interno e externo ter�o acesso aos or�amentos.
Antes da altera��o, a Fifa e o COI ficavam acima da Lei de Licita��es e poderiam exigir a qualquer momento reajustes no valor dos contratos - os chamados aditivos. Com o acordo, as entidades ficam sujeitas � Lei de Licita��es, que limita os aditamentos a no m�ximo 25%, para novas obras, e 50%, para reformas. Na C�mara, parte do PMDB resistia � proposta, mas acabou cedendo ao apelo da maioria.
Ao concluir a vota��o da medida provis�ria, a C�mara incluiu emenda de reda��o ao texto que deixou mais claro que os �rg�os de controle, como o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), n�o podem sofrer restri��es no acesso aos editais das obras, aos pre�os sigilosos e aos processos de licita��o.