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Estado de Minas

Quadrilha que agia no Turismo tinha la�os no TCU

ONG acusada de desvios contratou escrit�rio de advocacia de filho de ministro para tentar se antecipar �s investiga��es. Em grava��o, secret�rio ensina a montar organiza��o de fachada


postado em 11/08/2011 06:00 / atualizado em 11/08/2011 06:07

Bras�lia – A organiza��o criminosa formada para desviar recursos p�blicos do Minist�rio do Turismo tinha la�os dentro do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). Antes de ser desbaratada pela Pol�cia Federal (PF) na Opera��o Voucher, a quadrilha contratou o escrit�rio do filho do ministro do TCU Aroldo Cedraz para defender os interesses do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustent�vel (Ibrasi) e inocent�-lo de qualquer irregularidade. Uma auditoria do tribunal detectou fraudes no conv�nio para capacita��o tur�stica no Amap� que originou a a��o da PF na ter�a-feira.

Outra parte da investiga��o da PF mostra como empresas fantasmas eram orientadas para receber verbas de conv�nio. Grava��o telef�nica da Opera��o Voucher mostra o secret�rio-executivo do Turismo, Frederico Silva da Costa, ensinando um empres�rio a montar uma organiza��o n�o governamental de fachada. Na grava��o, Frederico conversa com o empres�rio F�bio Mello, um dos presos na opera��o, sobre como criar um instituto para ele parecer verdadeiro. "O importante � a fachada, e tem que ser uma coisa moderna, que inspire confian�a em rela��o ao tamanho das coisas que voc�s est�o fazendo", disse o secret�rio-executivo ao empres�rio.

Dezoito dos 36 presos continuam no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá, em Macapá (foto: Wilson Pedrosa/AE )
Dezoito dos 36 presos continuam no Instituto de Administra��o Penitenci�ria do Amap�, em Macap� (foto: Wilson Pedrosa/AE )
Trechos de escutas telef�nicas inclu�dos no inqu�rito mostram o advogado Romildo Olgo Peixoto J�nior, s�cio de Tiago Cedraz, filho do ministro do TCU, acalmando o empres�rio Luiz Gustavo Machado, dono do Ibrasi e apontado como chefe da quadrilha. "J� temos a proposta dos analistas do tribunal", diz Romildo numa grava��o, feita com autoriza��o da Justi�a, em 27 de maio, antes mesmo de a corte ter autorizado oficialmente a c�pia dos autos. Em outro grampo telef�nico, Romildo refor�a as rela��es familiares do escrit�rio. "Bom, quanto ao tribunal n�s sabemos tudo que est� se passando." Para a PF, a quadrilha "buscou resguardar-se de uma poss�vel decis�o prejudicial do TCU ao contratar para a sua defesa o advogado Tiago Cedraz".

O grupo de Machado, percebendo que o esquema seria descoberto, come�ou tamb�m uma incurs�o dentro Minist�rio do Turismo, usando a influ�ncia antiga com servidores que integravam o esquema. Frederico da Costa reuniu-se com o empres�rio Luiz Gustavo Machado para discutir uma solu��o para as acusa��es da Secretaria de Controle Externo do TCU no Amap�, que j� havia constatado que os servi�os n�o foram prestados no estado. Naquela reuni�o, segundo a Pol�cia Federal, Frederico estava acompanhado de seu assessor Ant�nio dos Santos J�nior Machado. Depois da reuni�o, Machado ligou para a s�cia no Ibrasi, Maria Helena Necchi, e revelou as inten��es do grupo de limpar os documentos do conv�nio e preparar as respostas para o TCU. Al�m do secret�rio-executivo, eles contavam com a ajuda de diversos servidores (veja quadro).

O Minist�rio P�blico Federal aponta que Frederico da Costa, M�rio Moys�s e Colbert Martins atuaram em conluio com os fiscais do minist�rio para facilitar a libera��o dos recursos para o Ibrasi no conv�nio de R$ 4 milh�es para a capacita��o t�cnica.

Em nota, o ministro Aroldo Cedraz afirma que desde que assumiu o cargo no TCU seu filho n�o atua em processos na Casa. O ministro afirma ainda que n�o � relator de processos envolvendo o Turismo ou o estado do Amap�. "Por essas raz�es, n�o � cab�vel qualquer tipo de ila��o que pretenda associar o senhor ministro com os recentes fatos ocorridos relativamente ao Minist�rio do Turismo.”


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