Bras�lia – Grampos telef�nicos realizados pela Pol�cia Federal (PF), com autoriza��o da Justi�a, revelam que funcion�rios da ONG Ibrasi intermediaram encontros entre os advogados do escrit�rio Cedraz, Tourinho e Dantas, que tem como s�cio Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) Aroldo Cedraz, com servidores do Minist�rio do Turismo. O objetivo era afinar as defesas da Ibrasi e da pasta junto � corte. Cabe � Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) a tarefa de defender o governo nos tribunais.
Um dia antes de o advogado afirmar a Machado que tem um dom�nio profundo dos fatos, Katiana Necchi, filha de Maria Helena Necchi, s�cia no Ibrasi, conversa por telefone com K�rima Silva Carvalho a orientando a falar com Romido. “Eu j� avisei que voc�s queriam coordenar as respostas, que voc� era do minist�rio, que voc� era gestora do projeto, e a secret�ria falou que era o Romildo que ia te atender”, disse Katina, de acordo com liga��o �s 13h08 de 26 de maio.
Cerca de duas horas e meia depois, K�rima retorna a liga��o a Katiana, relatando a conversa com o advogado contratado pelo Ibrasi. “Voc� conseguiu falar com dr. Romildo? Conversa com ele foi boa, n�?”, questionou a representante do instituto. “Foi, foi boa, assim, acho que eu, n�s temos o mesmo entendimento de algumas coisas”, respondeu a funcion�ria do Minist�rio do Turismo.
Suspens�o Apesar da contrata��o, o TCU decidiu na quarta-feira a suspens�o do Conv�nio 746.753/2010 sobre turismo no Amap� que n�o � a pe�a central das investiga��es sobre a fraude, mas a PF j� identificou que o esquema original estava sendo levado para os outros conv�nios entre o Ibrasi e o Turismo. Em nota, o escrit�rio Cedraz e Tourinho Dantas Advogados repudia o “ju�zo de valor colocado na decis�o da autoridade judici�ria e no relat�rio subscrito pela autoridade policial”. Segundo os advogados, faltam provas documentais. Filho de ministro do TCU, Tiago Cedraz afirma que n�o possui procura��o nos processos do tribunal e que nunca se encontrou com os investigados pela Pol�cia Federal.
Romildo Peixoto, advogado respons�vel pelo caso, disse ontem que conversou com K�rima, a pedido de seu cliente, para alinhar a defesa na corte de contas com o minist�rio. Pr�tica, segundo ele, corriqueira na advocacia. Ele afirmou ainda que desconhecia a atua��o de K�rima na pasta. Com rela��o ao despacho do juiz, ele disse que n�o houve tr�fico de influ�ncia e que usou frases como “estamos no controle da situa��o”, para tranquilizar o seu cliente.
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