Tr�s horas depois do in�cio do depoimento do ministro dos Transportes, Paulo S�rgio Passos, o l�der do PR, deputado Lincoln Portela (MG), apareceu na sess�o conjunta de duas comiss�es da C�mara para reclamar da forma como foram feitas as demiss�es na pasta. Irritado com a sa�da do ex-ministro e senador Alfredo Nascimento (PR-AM) dos Transportes, o PR deixou ontem formalmente a base do governo Dilma Rousseff.
O l�der Portela aproveitou ainda para deixar claro que Passos � uma "indica��o da cota da presidente Dilma Rousseff" e n�o do PR. Lincoln Portela negou tamb�m que o partido cogite desfiliar Passos do partido. Filiado ao PR desde 2006, Passos ficou no lugar de Alfredo Nascimento. "Os ministros todos, sem exce��o, devem lealdade e presta��o de conduta de seus atos � presidente Dilma Rousseff, n�o importa a que partido perten�a", disse o ministro, em seu depoimento.
A oposi��o levou uma tropa de choque para a sess�o conjunta da Comiss�o de Via��o e Transportes e de Fiscaliza��o e Controle. Durante mais de tr�s horas, Passos foi bombardeado pela oposi��o. Antes do PR, o l�der do PT, Paulo Teixeira (SP), defendeu o ministro. O l�der do governo na C�mara, C�ndido Vaccarezza (PT-SP), ficou ao lado de Passos praticamente desde o in�cio da sess�o. "O Vaccarezza parece um c�o de guarda", ironizou um deputado da base presente a sess�o.
No depoimento, Passos voltou a afirmar que n�o v� necessidade na cria��o de uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) para investigar irregularidades em sua pasta. Ele considerou um "exagero" as acusa��es da oposi��o de que o Dnit "est� completamente podre". "Eu concordo se falarmos em falhas, em defici�ncias no Dnit", admitiu o ministro. "No Dnit, como em qualquer �rg�o, encontramos desvios de conduta", disse. "Agora, temos os instrumentos legais e necess�rios para apurar o que quer que seja, sem necessidade de precisar de uma CPI", repetiu. Passos disse ainda que est�o sendo feitos "ajustes na m�quina administrativa" com as mudan�as feitas no Dnit e na Valec.