Bras�lia – O governo intensificou a press�o sobre a C�mara dos Deputados e conseguiu a aprova��o da Comiss�o da Verdade no fim da noite dessa quarta-feira. A for�a-tarefa contou com os ministros da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, e de Direitos Humanos, Maria do Ros�rio, e at� informa��es em tempo real � presidente Dilma Rousseff, que discursava em Nova York na Assembleia Geral da ONU. Durante as negocia��es, a maior dificuldade do governo era driblar a oposi��o, que cobrava mais discuss�o e a inclus�o de uma emenda do DEM ao projeto. O chamado “rolo compressor” do governo levou deputados a criticarem a proposta, especialmente no que diz respeito aos crit�rios de indica��o dos membros da comiss�o.
O Planalto queria votar a mat�ria ainda nessa quarta-feira e por isso extendeu as negocia��es at� o fim do dia, mesmo com a pauta da C�mara cheia. A emenda apresentada pelo DEM, aceita pelo governo, estabeleceu que n�o poder�o participar da comiss�o aqueles que exer�am cargos executivos em partidos, tenham praticado homic�dio, tortura ou terrorismo � �poca dos fatos, ou que estiveram envolvidos em �rg�os p�blicos com a pr�tica desses atos. A proposta exclui ainda os que estejam no exerc�cio de cargo em comiss�o ou fun��o de confian�a em qualquer esfera do poder p�blico. Os deputados Chico Alencar (PSol-RJ) e Lu�za Erundina (PSB-SP) tamb�m apresentaram emendas a partir de reinvidica��es das fam�lias e dos movimentos de direitos humanos, mas elas foram rejeitadas.
Entre as propostas estava o aumento nos quadros da comiss�o, de 21 para 42 funcion�rios, o impedimento � participa��o de militares no colegiado e a diminui��o no tempo de an�lise do grupo sobre viola��es dos direitos humanos. Uma emenda tamb�m pretendia adiantar o in�cio do per�odo investigado para 1961. (Colaborou J�nia Gama)