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Estado de Minas

Cigarro e �lcool s�o as principais causas de c�ncer na laringe


postado em 01/11/2011 11:03 / atualizado em 01/11/2011 11:11

A combina��o tabaco e �lcool, dois produtos que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva nunca negou apreciar, � a principal causa de c�ncer de laringe, um tumor que, na avalia��o de oncologistas, � altamente preven�vel. Quando detectada precocemente, as chances de a doen�a desaparecer s�o de 80% e, para isso, � necess�rio ficar atento ao sintoma mais importante: uma rouquid�o sem causa aparente, que persiste por mais de duas semanas. Um exame simples realizado em consult�rio, a laringoscopia, � capaz de encontrar tumores no �rg�o da fala.

 


De acordo com Paulo Hoff, oncologista do Hospital S�rio-Liban�s que fez o exame no ex-presidente, “o progn�stico para esse tipo de c�ncer � muito bom”. Especialistas ouvidos pelo Estado de Minas afirmam que as chances de cura de um tumor maligno na laringe s�o realmente grandes, mas tudo depende do tipo de c�lula envolvida e do est�gio em que a doen�a se encontra.

O oncologista Murilo Buso, do Centro de C�ncer de Bras�lia, explica que tr�s aspectos est�o envolvidos na escolha do tratamento mais adequado e nos progn�sticos do paciente. O primeiro � o tipo histol�gico, que, no caso da laringe, costuma ser carcinoma epidermoide. O segundo � a localiza��o exata do tumor e, por �ltimo, os m�dicos avaliam o est�gio em que ele se encontra. Basicamente, o c�ncer de laringe pode ser diagnosticado quando atinge apenas um tecido espec�fico; localmente avan�ado, quando tamb�m se espalha para os pr�ximos linfonodos; e metast�tico. Para cada situa��o, h� um tipo de tratamento adequado.

Segundo o oncologista Igor Morbeck, para garantir o sucesso da terapia, � essencial que os sintomas iniciais n�o sejam ignorados. “A rouquid�o � um dos primeiros sintomas do c�ncer de laringe. � um tipo de rouquid�o que persiste por mais de duas semanas ou 30 dias. Com o exame de laringoscopia, d� para avaliar se h� uma les�o no local”, informa.

No quadro inicial, Murilo Buso afirma que a estrat�gia � fazer uma cirurgia, se o tumor for pequeno. “Mas a laringe j� � um �rg�o pequeno, ent�o, mesmo se o tumor tiver 1cm, � considerado grande”, diz. Morbeck lembra que os m�dicos sempre procuram preservar o �rg�o; por isso, alguns optam por combater o tumor com radioterapia, m�todo que emite radia��o ionizante no local do c�ncer, matando as c�lulas malignas.

J� quando os linfonodos pr�ximos da laringe tamb�m foram atingidos, caso do c�ncer localmente avan�ado, a cirurgia pode ser extremamente radical, por isso � evitada ao m�ximo. Os m�dicos costumam optar pela quimioterapia primeiramente. “Depois, avalia-se o padr�o de resposta. Se os linfonodos n�o desaparecerem, � preciso fazer cirurgia seguida de radio e quimioterapia. Nesse est�gio, ainda h� chances de cura”, diz Buso. O caso mais grave � quando as c�lulas malignas migram para outros �rg�os. Nessas situa��es, n�o se fala mais de cura, apenas de controle da doen�a. A incid�ncia de met�stases, por�m, � pequena em tumores malignos da regi�o da cabe�a e do pesco�o.

Murilo Buso conta que, ao contr�rio de outros tipos de c�nceres, o de laringe costuma ser detectado cedo. Isso porque, diferentemente do tumor de p�ncreas, por exemplo, que vitimou recentemente o cofundador da Apple Steve Jobs, o c�ncer de laringe n�o � silencioso. O paciente sente um inc�modo logo que o tumor aparece, o que o leva a procurar o consult�rio.

O mais importante, Buso insiste, � que esse tipo de doen�a pode ser evit�vel. “Ela est� diretamente ligada ao tabagismo e � ingest�o de bebidas alco�licas.” Igor Morbeck conta que o v�rus do papiloma humano (HPV), quando presente na regi�o da cabe�a e do pesco�o, tamb�m pode desencadear o c�ncer. “Mas � muito mais comum que o c�ncer esteja associado a esses dois h�bitos”, esclarece.


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