Planalto recha�a DRU da oposi��o

Bras�lia – O governo rejeitou ontem a possibilidade de acordo com a oposi��o e decidiu apostar no apoio de sua base aliada – depois de garantido o empenho de 80% das emendas parlamentares previstas no Or�amento deste ano – para tentar aprovar a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que estende a validade da Desvincula��o de Receitas da Uni�o (DRU) mais quatro anos. A presidente Dilma Rousseff rejeitou a possibilidade de redu��o do prazo de vig�ncia da DRU por dois anos, defendida pelo DEM, e uma esp�cie de “solu��o intermedi�ria” apresentada pelo presidente da C�mara, Marco Maia (PT-RS), propondo a prorroga��o do instrumento por tr�s anos.

“N�o h� mais negocia��o poss�vel, vamos para a batalha no plen�rio”, disse o l�der do governo na Casa, deputado C�ndido Vaccarezza (PT-SP), ontem, por volta das 21h. Marco Maia tinha voltado cerca de uma hora antes do Pal�cio do Planalto, onde, reunido com a presidente Dilma Rousseff, a ministra das Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, e o presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), ouviu a negativa da presidente para uma poss�vel flexibiliza��o do prazo da DRU. O instrumento libera o governo federal para gastar como quiser 20% de sua receita – algo em torno de R$ 62,2 bilh�es.

No plen�rio, a oposi��o aposta nos elos fr�geis da base aliada para pressionar o governo. De acordo com um l�der governista, temas como a redistribui��o dos royalties de petr�leo e a crise em torno do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, contaminaram o debate sobre a DRU. Al�m disso, os deputados de primeiro mandato estariam aproveitando o momento cr�tico da principal agenda legislativa do governo no ano para pressionar por mais emendas parlamentares. Mesma demanda teria a bancada do PMDB, que, al�m de mais emendas, colocou na mesa de negocia��o pedidos por cargos de segundo escal�o. At� as 23h, a vota��o do primeiro turno da DRU ainda n�o havia sido encerrada e a previs�o era de que se estenderia pela madrugada.