
A irm� do motorista de Lupi, M�rcia Cristina Garcia Pereira, tamb�m foi beneficiada em raz�o da proximidade ao ministro. Enquanto Felipe dirigia para Lupi na capital fluminense, M�rcia conseguiu ser indicada para assumir a Secretaria do Trabalho da Prefeitura de Maric�, a 60 km da capital. Ela exerceu o cargo entre maio de 2010 e janeiro de 2011. No ano passado, o minist�rio repassou R$ 1,43 milh�o do Programa Nacional de Inclus�o de Jovens (Projovem) para a Prefeitura de Maric�. Quase todo o dinheiro foi liberado entre agosto e dezembro, ou seja, durante a gest�o de M�rcia � frente da Secretaria Municipal de Trabalho.
Felipe e M�rcia integram o diret�rio nacional do PDT. Ganharam proje��o no partido e cargos p�blicos em raz�o da proximidade com Lupi, presidente nacional licenciado da legenda. O Rio de Janeiro � a base eleitoral do ministro, que tem apartamento pr�prio na cidade. Em 13 das 24 viagens oficiais realizadas neste ano, Lupi alterou o roteiro para incluir o Rio no itiner�rio. O mais comum � passar as sextas, os s�bados, os domingos e as segundas-feiras na cidade. “Estava sempre com o ministro quando ele ia ao Rio de Janeiro, dirigindo para ele. Trabalho h� muitos anos com Lupi”, afirma Felipe, exonerado do cargo de assessor t�cnico da SRT do Rio em 22 de setembro deste ano.
Ele diz ter perdido o cargo para uma pessoa que disputou as elei��es em 2010 e que, derrotada, passou a fazer parte do quadro de comissionados da SRT. “Para realocar, quem dan�ou fui eu.” Felipe diz morar hoje na cidade de Para�ba do Sul (RJ) e trabalhar com reforma e pintura. Ele defende Lupi, prestes a perder o cargo de titular do Trabalho em raz�o das den�ncias de irregularidades na pasta: “O ministro � um homem s�rio.”
“� disposi��o”
O superintendente regional do Trabalho no Rio, Ant�nio Henrique Albuquerque, confirmou ao Estado de Minas que Felipe ficava � disposi��o de Lupi quando o ministro passava pelo Rio. “O Felipe era polivalente. Ele servia para o que precisava.” Sobre a exonera��o do motorista, assinada pelo ministro, Ant�nio Henrique diz que “uma pessoa com outra qualifica��o” foi contratada para a fun��o de assessor t�cnico. “Hoje temos aqui uma pessoa para dar essa assessoria e acumular outras fun��es.” O superintendente tamb�m � muito pr�ximo a Lupi. Foi assessor especial do ministro no MTE em 2008 e 2009 e integra os diret�rios municipal, estadual e nacional do PDT.
A ex-secret�ria municipal de Trabalho de Maric� descarta qualquer influ�ncia do ministro na libera��o de dinheiro do ProJovem para o Munic�pio quando ela era secret�ria. A licita��o para contratar o CAPL foi dispensada para que o conv�nio n�o perdesse os prazos, segundo M�rcia. Sobre o irm�o, a ex-secret�ria diz que “Felipe entrou no PDT dirigindo para o ministro”. O presidente do CAPL, Djalmir de Souza, nega qualquer irregularidade na execu��o do conv�nio em Maric�. “Oferecemos os cursos, temos toda a documenta��o. Somente na capital, j� qualificamos 1,2 mil jovens.”