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Estado de Minas

Troca nos minist�rios de Dilma movimenta briga de partidos por indica��es e verbas


postado em 09/01/2012 07:23 / atualizado em 09/01/2012 07:33

Bras�lia – Uma disputa de R$ 63,23 bilh�es envolvendo sete legendas ter� que ser administrada pela presidente Dilma Rousseff neste in�cio de ano. � esse o volume total destinado a investimentos nos minist�rios comandados pelos sete principais partidos que comp�em a base de apoio do governo federal. Tanto dinheiro em jogo s� aumenta a ang�stia dos aliados diante do sil�ncio de Dilma quanto � reforma em si. Em pleno ano eleitoral, com disputas municipais nos grandes centros e nos discretos grot�es brasileiros, chefiar pastas com or�amentos vultosos torna-se sin�nimo de prest�gio e for�a para 2014.

O apetite foi ainda mais ati�ado pela pr�pria presidente, ao avisar a integrantes da equipe econ�mica que em 2012 pretende soltar as r�deas dos investimentos em obras de infraestrutura. Preocupada em evitar uma paralisia do governo diante da crise internacional, Dilma calcula que o PIB poder� crescer 5% neste ano. Mas, a partir de julho, o acelerador ser� ativado para que o pa�s possa entrar numa rota de crescimento que permita 6% de acr�scimo na economia.

Embora existam discursos p�blicos de respeito m�tuo entre os partidos, eles trocam caneladas nos bastidores em busca de espa�o. Maior partido no Congresso, com mais senadores e a segunda bancada da C�mara, os peemedebistas choramingam h� um ano que Dilma encolheu a legenda na Esplanada. Da boca para fora, ressaltam a presen�a do vice-presidente Michel Temer no condom�nio presidencial. Internamente, resmungam do presente, olham com nostalgia para os tempos do governo Lula e sofrem com a falta de perspectivas na m�quina p�blica federal.

O PMDB tem quatro minist�rios mais a Secretaria de Assuntos Estrat�gicos (SAE), vinculada � Presid�ncia da Rep�blica. O maior deles � Minas e Energia, comandado pelo senador Edison Lob�o, afilhado pol�tico do presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP). A pasta tem obras importantes a administrar no Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), mas a maior parte dos recursos est� espalhada pelas subsidi�rias do setor el�trico.

Somadas todas as pastas que administra, os peemedebistas contam com or�amento total de R$ 4,1 bilh�es para investimentos. Na ponta do l�pis, o passado j� foi mais generoso para a legenda. Ao t�rmino do governo Lula, em 2010, o partido administrava o Minist�rio da Sa�de (or�amento de R$ 9,49 bilh�es previstos para 2012); Integra��o Nacional (R$ 6,076 bilh�es) e Defesa (R$ 9,127 bilh�es).

Para tentar diminuir o preju�zo, a sigla j� decidiu escalar o pr�prio Michel Temer, que recentemente fez uma cirurgia para retirar a ves�cula, como negociador com a presidente Dilma em busca de novo patamar de atua��o do partido na Esplanada. Os correligion�rios do vice-presidente sabem que n�o v�o recuperar duas pastas: a Sa�de, hoje comandada pelo petista Alexandre Padilha, e a Defesa, que tem � frente o ex-chanceler Celso Amorim, nomeado ap�s o antecessor Nelson Jobim falar o que n�o devia sobre suas convic��es eleitorais.

Integra��o Nacional


Em meio � turbul�ncia pol�tica vivida pelo ministro Fernando Bezerra nos �ltimos dias, a Integra��o Nacional, ainda interessa ao PMDB. O partido tenta provar que n�o, por meio de mensagens no Twitter do l�der na C�mara, Henrique Eduardo Alves (RN), declarando apoio p�blico ao PSB. Os socialistas, contudo, n�o acreditam. “Eles j� nos disseram que v�o tentar nos derrubar junto � presidente Dilma. N�o � uma quest�o de fogo amigo, pois nunca fomos amigos do PMDB”, disse ao Estado de Minas um dirigente do PSB.

Integrantes do PMDB tentam afirmar que a Integra��o Nacional � um amor de ver�es passados. Desdenham a pasta dizendo que a maior parte das verbas est� emperrada nas obras de Transposi��o do Rio S�o Francisco e que a nova paix�o � o Minist�rio das Cidades, de polpudo or�amento: R$ 8,92 bilh�es. N�o ficariam tristes, contudo, se herdassem o Minist�rio dos Transportes e seu caixa de pouco mais de R$ 17 bilh�es.

S� que essas duas pastas s�o controladas por legendas que s� contam com elas para se sentirem presentes na m�quina p�blica federal: PR (Transportes) e PP (Cidades). Os dois t�m algo mais em comum: Alfredo Nascimento era ministro dos Transportes e foi um dos abatidos na revoada ministerial do ano passado. Agora, em janeiro, nove em cada 10 entrevistados asseguram que M�rio Negromonte limpar� as gavetas no Minist�rio das Cidades.

As coincid�ncias n�o param por a�. Alfredo deu lugar a Paulo S�rgio Passos, filiado ao PR, mas t�cnico demais para o gosto dos republicanos. Desde a substitui��o, n�o se passa uma semana sem que as lideran�as do partido reclamem com a ministra de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, que j� cumpriram seu per�odo de expia��o e que est� na hora de o partido ser novamente ouvido na indica��o de um ministro. Enquanto isso, no PP, a luta � para que a sa�da de Negromonte n�o signifique a ressurrei��o de M�rcio Fortes, t�cnico amado por Dilma e detestado por senadores e deputados pepistas. Eles torcem por um nome de consenso pol�tico, como o deputado M�rcio Reinaldo (MG), relator da Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO) de 2012.

O PT est� quietinho, j� que tem o maior naco de poder e recursos da Esplanada. Pode perder a Ci�ncia e Tecnologia (or�amento de R$ 1,7 bilh�o) com a ida de Aloizio Mercadante para o Minist�rio da Educa��o e uma poss�vel indica��o de Ciro Gomes para o seu lugar. Mas insinuam que, se a presidente quiser, n�o reclamariam em desalojar o PP de Cidades. “Achamos que isso n�o vai dar certo, mas n�o custa enviar sinais para o Planalto”, brincou uma lideran�a petista.

5 Total de minist�rios que o PMDB comanda.


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