O Tribunal de Justi�a do Estado do Cear� (TJ-CE) e o Conselho Nacional de Justi�a (CNJ) est�o apurando um suposto caso de atentado sofrido pela fam�lia da desembargadora S�rgia Miranda. Os dois �rg�os investigam se o epis�dio foi alguma retalia��o ao fato da magistrada ter decretado ilegais as greves dos policiais militares e dos civis.
A informa��o foi dada pelo coronel do Ex�rcito, Medeiros Filho. De acordo com ele, os tios-av�s da ju�za passaram por uma sess�o de tortura, quarta-feira (04/01), na casa onde moram, em Horizonte, na regi�o metropolitana de Fortaleza. Os idosos foram amorda�ados e agredidos. A tia-av� da ju�za teve os cabelos molhados com �lcool. Os torturadores amea�aram tocar fogo nela.
Calandra se encontrou, � tarde, com o governador do Cear�, Cid Gomes.
Pela manh�, ele esteve com a desembargadora S�rgia Miranda. Segundo ele, foram utilizadas armas de grosso calibre, e os idosos foram feridos com objetos cortantes. Demonstrando indigna��o com o ocorrido, Calandra disse esperar por uma pena alta para os envolvidos.
Na opini�o dele, o epis�dio foi um atentado contra a democracia. "N�o se pode aplicar a mesma puni��o da d�cada de 1940, que penalizava esse crime do mesmo modo de quem roubasse o cavalo do meu av�", acrescentou.
S�rgia Miranda havia determinado a suspens�o da greve dos policiais militares e bombeiros, na segunda-feira (02/01), dois dias antes do suposto atentado. Antes, em dezembro, ela havia considerado ilegal a greve dos policiais civis, que decidiram radicalizar a paralisa��o depois que os militares e bombeiros tiveram a metade de suas reivindica��es atendidas pelo governo cearense. A greve da pol�cia civil segue sem acordo. O Ex�rcito e a For�a Nacional de Seguran�a continuam em a��o no Cear�.