A oferta feita pelo prefeito de S�o Paulo, Gilberto Kassab, ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para compor uma dobradinha entre PT e PSD para a sucess�o da Prefeitura de S�o Paulo tem levado lideran�as nacionais do PMDB a tamb�m buscar o apoio de Kassab na disputa eleitoral deste ano. A avalia��o de dirigentes do PMDB � de que o aceno pol�tico feito pelo prefeito de S�o Paulo � um indicativo de que o PSD estaria disposto a apoiar candidaturas advers�rias � do PSDB, como a do PMDB. Kassab chegou a informar a aliados, no in�cio do ano passado, que trocaria o DEM pelo PMDB, movimento que, articulado pela dire��o peemedebista, foi abortado meses depois em nome da funda��o do PSD. "Um apoio do prefeito seria um grande ganho para a campanha do PMDB em S�o Paulo", frisou uma lideran�a do PMDB.
O presidente do PMDB concedeu entrevista coletiva, nesta manh�, ao lado do deputado federal Gabriel Chalita, na sede do diret�rio municipal da sigla, na capital paulista. O pr�-candidato do PMDB negou que tenha havido at� o momento qualquer conversa entre PMDB e PSD em torno de uma eventual alian�a. "Em nenhum momento houve nenhuma conversa com o prefeito sobre isso", afirmou.
O presidente nacional do PMDB ponderou que ainda � cedo para definir o nome de um vice para o pr�-candidato peemedebista e voltou a afirmar que a candidatura de Chalita � "irrevers�vel". Raupp descartou novamente a hip�tese do partido abrir m�o de um nome pr�prio pelo apoio ao pr�-candidato do PT, Fernando Haddad, uma alternativa defendida por Lula. "S�o Paulo � uma esp�cie de vitrine para o Brasil e entendemos que a candidatura do deputado federal Gabriel Chalita � promissora e j� se apresenta como vitoriosa."
Raupp disse ainda que a meta da legenda � compor uma coliga��o que, al�m do PMDB, agregue de cinco a seis legendas, em S�o Paulo. No radar do PMDB, est�o siglas como o DEM, PTB e PSC. "Eu espero que chegue ao ponto, em alguns meses, de que o posto de vice do nosso candidato seja disputado pelas outras siglas", afirmou.
O aceno feito pelo prefeito de S�o Paulo ao ex-presidente Lula gerou desconfian�a entre lideran�as tanto do PT como do PSDB, que avaliaram o movimento pol�tico como uma estrat�gia do PSD para pressionar o Pal�cio dos Bandeirantes por uma defini��o em torno de uma alian�a da nova sigla com os tucanos. Em troca do apoio � reelei��o do governador Geraldo Alckmin em 2014, o prefeito vislumbra a composi��o de uma dobradinha entre PSDB e PSD � Prefeitura de S�o Paulo, alian�a que teria como cabe�a de chapa o vice-governador de S�o Paulo, Guilherme Afif Domingos, do PSD. A proposta do prefeito de S�o Paulo, que encontra respaldo entre aliados do ex-governador Jos� Serra, � vista com desconfian�a pela maior parte dos aliados do governador Geraldo Alckmin, os quais insistem que os tucanos lancem candidatura pr�pria nas elei��es. A disputa por pr�vias do PSDB, que escolher� o candidato tucano � sucess�o municipal, est� marcada para o in�cio de mar�o.