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Estado de Minas

Pre�o pago por alimentos pelos vereadores t�m diferen�a de at� 300%

Dinheiro gasto com lanche na C�mara de BH supera R$ 80 mil em 2011


postado em 17/01/2012 06:00 / atualizado em 17/01/2012 07:40

Os vereadores de Belo Horizonte poder�o esperar sentados e bem alimentados enquanto aguardam uma decis�o do prefeito Marcio Lacerda (PSB) sobre o reajuste salarial de 61,8% nos contracheques a partir de 2013. No ano passado, a mesa de lanches servidos aos parlamentares foi farta. Somados todos os custos com cafezinhos, biscoitos, p�es de queijo, bolo, torradas, sandu�ches variados e os milhares de litros de refrigerante, suco e ch�, o Legislativo gastou R$ 87.525,26 dos cofres p�blicos.

Na publicidade veiculada pela C�mara Municipal em diversos ve�culos de comunica��o – como resposta � rea��o popular ao pol�mico aumento – o principal argumento � a economia de R$ 47 milh�es em rela��o ao or�amento previsto para a Casa. Por�m, a economia poderia ser maior se os respons�veis pelas compras fizessem uma simples pesquisa de pre�os. E n�o precisava ir longe, bastava uma ida r�pida ao supermercado localizado a 350 metros da C�mara, no interior de um shopping.

Para ter uma ideia, uma garrafa de dois litros de Coca-Cola custava nessa segunda-feira R$ 3,95. Em 2011, os vereadores pagaram muito mais para beber 902 garrafas pet da bebida: R$ 6,62 cada um, uma diferen�a de 67,5%. No primeiro semestre, o pre�o era R$ 3,48. O pacote de torrada integral ficou quase 300% mais caro. Saltou de R$ 2,20 para R$ 6,38. Talvez por isso o consumo do p�o tenha ca�do pela metade.

Beber 288 potes de cappuccino diet ficou bem mais caro para o bolso do contribuinte ao longo de 2011: um pote de 150g, comprado no in�cio do ano por R$ 8,69, passou para R$ 15 no segundo semestre. No supermercado, o pre�o ontem era R$ 9,69. O aumento do capuccino tradicional foi bem menor, passado de R$ 15,89 para R$ 17,24. Apesar de mais salgado, os parlamentares parecem ter preferido n�o engordar. Foram consumidos 228 potes durante o ano, enquanto foram tomados 240 potes da vers�o tradicional. E para quem prefere o caf� comum, foram comprados 1.920 quilos.

Outra bebida vendida muito mais valorizada para os vereadores foi o suco da marca Tial de 1 litro. A C�mara comprou 668 litros por R$ 6,07, gastando um total de R$ 4.054,76. No mesmo supermercado onde o refrigerante � mais barato, o suco � vendido por R$ 2,98, uma diferen�a de 103,6%. Se os mesmos 668 litros fossem comprados pelo menor pre�o representaria uma economia de R$ 2.064,12. Dinheiro suficiente para comprar mais 692 litros.

Casa da Dinda

O lanche � servido, essencialmente, no anexo conhecido como “Casa da Dinda”, local de acesso exclusivo aos 41 parlamentares enquanto ocorrem as sess�es plen�rias, sempre na primeira quinzena de cada m�s. A sala � usada pelos vereadores para discuss�o de projetos, acordos pol�ticos e, claro, matar a fome. � servido tamb�m em eventos com dura��o prolongada, como semin�rios, cursos e treinamentos.

Por meio da Assessoria de Imprensa, a C�mara explicou que o modelo de licita��o � de menor pre�o global, ou seja, n�o especifica cada item. Por isso, em alguns produtos pode estar pagando valor superior ao de mercado. O lanche dos vereadores ser� mantido este ano, mas, ainda segundo a assessoria, a forma da concorr�ncia ainda n�o foi definida.

O aumento aguardado pelos vereadores eleva o sal�rio dos atuais R$ 9.288,05 para R$ 15.031,76, o que corresponde a 75% da remunera��o dos deputados estaduais. O aumento deve ser sancionado pelo prefeito, mas caso Lacerda n�o se manifeste o projeto retorna para C�mara, para que os vereadores referendem novamente. O novo valor s� passa a valer na pr�xima legislatura, em 2013, mas a maioria dos vereadores vai tentar a reelei��o.

 


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