A desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Regi�o (TRT-RJ), disse nesta quarta-feira n�o saber quem � o servidor que, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), movimentou R$ 282,9 milh�es em 2002. Ela acusou o presidente da Seccional Rio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Wadih Damous, de fazer afirma��es "levianas e a�odadas" ao dizer "tratar-se de dinheiro p�blico", insinuar "haver no Tribunal 'mais um lalau', referindo-se ao ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, do TRT de S�o Paulo", e ao cogitar "a possibilidade de haver correla��o (da movimenta��o financeira) com o tr�gico inc�ndio ocorrido em 2002 na sede do TRT-RJ".
Maria de Lourdes afirma que n�o cabe a ela, mas sim ao Minist�rio P�blico Federal, perguntar ao Coaf o nome do servidor. Por isso, ela encaminhou hoje of�cio ao Coaf em que pergunta se, quando identificou a movimenta��o at�pica, o �rg�o informou ao TRT-RJ. Maria de Lourdes tamb�m enviou of�cio ao Minist�rio P�blico Federal pedindo que, caso ainda n�o esteja investigando o caso, comece a fazer isso imediatamente. "N�o tenho conhecimento de nenhum funcion�rio do TRT-RJ que tenha sido preso desde 2002, nem o Tribunal foi comunicado sobre qualquer movimenta��o at�pica (de dinheiro por seus funcion�rios)", afirmou Maria de Lourdes, que n�o pretende tomar qualquer medida judicial contra Damous.
O presidente da OAB-RJ afirmou que n�o fez acusa��es gen�ricas, mas cobrou o fim do sigilo de informa��es que podem envolver dinheiro p�blico. "Pode ser que n�o haja nenhuma irregularidade na movimenta��o do dinheiro por esse funcion�rio, mas � preciso vir a p�blico e esclarecer", afirmou. "A presidente do TRT est� em um momento infeliz, mas agir com falta de respeito e criar uma rela��o tensa com a OAB n�o ajuda em nada", disse. A OAB-RJ tamb�m emitiu dois of�cios hoje: ao Coaf pediu o nome e outras informa��es sobre o servidor; ao Minist�rio P�blico Federal, solicitou a investiga��o do caso. "O TRT tomou provid�ncias semelhantes, mas s� depois que a OAB-RJ apresentou suas medidas" disse Damous.