Em ano eleitoral, os vereadores de Belo Horizonte retornam das f�rias nesta quarta-feira preocupados em recuperar a imagem da C�mara, manchada por uma s�rie de esc�ndalos. A estrat�gia ser� tentar debater mais propostas de impacto social e esvaziar discuss�es sobre pol�micas de 2011. Isso, no entanto, n�o vai aparecer na primeira reuni�o, pelo menos se for considerada a pauta divulgada: dois vetos e tr�s projetos de vereadores. H� quem considere como o primeiro passo para mostrar o verdadeiro conceito do Legislativo municipal junto � popula��o, um tema que ainda n�o est� em pauta: a vota��o do veto do prefeito Marcio Lacerda para o reajuste do sal�rio de 61,8% dos parlamentares.
Apesar de quererem deixar para tr�s os esc�ndalos do ano que passou, uma das novelas ainda n�o teve fim. Dever�o entrar dois suplentes na C�mara devido ao afastamento dos vereadores Hugo Thom� (PMN) e Carl�cio (PR), sob a acusa��o de improbidade administrativa ao intermediar negocia��es de cobran�a de propina para a aprova��o da lei que autorizou a amplia��o da �rea de constru��o do Boulevard Shopping, na Regi�o Leste. O presidente em exerc�cio, Alexandre Gomes (PSB), disse que j� tomou sua decis�o e que, se n�o houver uma contesta��o judicial, os suplentes Betinho Duarte (PSB) e Pastor Maur�cio (PTN) v�o tomar posse em 1º de mar�o.
Os trabalhos na Casa ainda ter�o um entrave devido ao volume de vetos do Executivo a projetos dos vereadores. Segundo o l�der de governo, Tarc�cio Caixeta (PT), pelo menos 40 vetos chegam � C�mara este m�s. “Isso porque a produ��o no fim do ano foi intensa”, ponderou. Os vetos do prefeito geraram insatisfa��o entre os parlamentares, que chegaram a fazer amea�as ao Executivo.
Centro de conven��es
O projeto que deve ficar para o pr�ximo m�s, de interesse do Executivo, � o que autoriza a constru��o de um centro de conven��es na Regi�o Nordeste da cidade, pr�ximo ao Minas Shopping. O texto, colocado em vota��o em dezembro, precisava de 28 votos para ser aprovado, mas apenas 27 vereadores foram favor�veis. Isso porque a vota��o foi encerrada antes do prazo de um minuto. O projeto de lei, no entanto, j� voltou a tramitar na Casa.
Caixeta informou que protocolou nessa segunda-feira o pedido de retirada de pauta da proposta do plano de carreira da Guarda Municipal. A prefeitura prometeu retir�-la depois que o Estado de Minas mostrou que havia emenda com a cria��o de 52 cargos sem concurso p�blico.