A lentid�o de execu��o de obras nos cinco anos de PAC � um dos problemas apontados pelos munic�pios mineiros. Em Montes Claros, no Norte de Minas, um conjunto habitacional est� aprovado desde 2007, mas at� hoje n�o foi entregue. Enquanto isso, moradores de �reas de risco n�o t�m para onde ir. Das 362 casas prometidas, apenas 62 foram iniciadas.
Poucos oper�rios trabalhavam na obra, em terreno ao lado da Vila Castelo Branco, esta semana. O mato j� sobe em moradias inacabadas. Um dos trabalhadores informou que, n�o raro, os servi�os s�o interrompidos por falta de material. O secret�rio municipal de Obras, Jo�o Henrique Ribeiro, jogou a culpa na empresa contratada. “A Empresa Municipal de Servi�os, Obras e Urbaniza��o (Esurb) n�o disp�e de recursos pr�prios nem tem estrutura e perfil para construir um conjunto de casas.”
Para tocar o empreendimento, a prefeitura e a Caixa Econ�mica Federal resolveram reduzir o n�mero de moradias para 255 e o valor da obra, de R$ 13 milh�es para R$ 9,5 milh�es. A Esurb vai construir apenas as iniciadas e uma empreiteira de Belo Horizonte, vencedora de nova licita��o, deve concluir os servi�os at� mar�o de 2013.
Enquanto isso, moradores da Vila Castelo Branco continuam convivendo com o perigo de uma rede de alta tens�o pr�xima �s suas casas. “Cansei de esperar. Nem acredito mais que as casas novas v�o sair”, diz a dom�stica Jaqueline Lopes Guimar�es, de 31 anos, que vive em barraco junto a torres da linha de transmiss�o de energia da Cemig.
Tamb�m no Norte de Minas, o PAC ainda est� devendo a pavimenta��o de trecho da BR-135, de 120 quil�metros, entre Itacarambi, Manga e Montalv�nia, at� a divisa com a Bahia. Aguardada por moradores da regi�o h� mais de 15 anos, a obra ficou parada por cerca de cinco anos depois de o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) apontar irregularidades no projeto. O asfaltamento est� or�ado em R$ 137 milh�es.
O coordenador do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Montes Claros, Antonio P�ricles, disse que um dos motivos de atraso da obra foi a necessidade de readequa��o no projeto. De olho no andamento da obra, o advogado Geraldo Fl�vio de Macedo, dirigente de organiza��o n�o governamental (ONG), em Montalv�nia, diz que trabalhadores contratados pela empreiteira respons�vel reclamam n�o ter recebido o 13º sal�rio.