A Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado cancelou a reuni�o prevista para esta manh� para votar os requerimentos de convite ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci. Ap�s esperar mais de uma hora e dez minutos pela chegada dos senadores para abrir a sess�o, o presidente da CAE, Delc�dio Amaral (PT-MS), encerrou os trabalhos, remarcando novo encontro para tratar do assunto para o dia 28, na semana ap�s o Carnaval.
Tamb�m por falta de qu�rum, a comiss�o n�o votou a indica��o do atual superintendente da Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) Roberto Tadeu Antunes Fernandes para ocupar um cargo na diretoria da autarquia.
N�o foi sequer preciso a base aliada usar sua vantagem num�rica na comiss�o para derrubar o requerimento solicitando a ida de Mantega e Denucci ao Senado. Os governistas contam com 80% das cadeiras do colegiado.
Delc�dio Amaral at� avisou aos poucos senadores presentes que iria esperar o fim da reuni�o do conselho, no Pal�cio do Planalto, para abrir os trabalhos. Mas, dado o adiantado da hora preferiu cancelar o encontro. Ao final, apenas 11 senadores compareceram - era necess�rio mais tr�s integrantes da comiss�o para come�ar a reuni�o da CAE.
Denucci foi demitido no final de janeiro sob suspeita de ter recebido propina de fornecedores da Casa da Moeda. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo denunciou que o presidente da institui��o tinha aberto offshores em para�sos fiscais e movimentado R$ 25 milh�es.
Mantega admitiu ter sido avisado, em 2010, que Denucci teve um problema em 2001 com a Receita Federal, mas afirmou n�o ter visto motivo para demiss�o, naquela ocasi�o. O ministro da Fazenda tamb�m � questionado sobre o motivo que o levou a aceitar a indica��o do PTB para abrigar Denucci em um cargo eminentemente t�cnico.
No �ltimo domingo, o jornal O Estado de S.Paulo apontou que o arco de apoios pol�ticos que sustentavam Denucci no cargo ia al�m do PTB: o ex-presidente Lula, o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), o ex-ministro Delfim Netto e o ministro do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) Jos� M�cio Monteiro.