Bras�lia – Respons�vel pela coleta de 1,5 milh�o de assinaturas que resultou no projeto de lei da Ficha Limpa, mais tarde aprovado pelo Congresso Nacional, a Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse que a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) em considerar v�lida a lei “ser� um presente � sociedade brasileira”. O trabalho de coleta de assinaturas contou com o apoio de movimentos de combate � corrup��o.
O placar do julgamento da lei no Supremo est� em 6 votos favor�veis a sua legalidade, tendo apenas um voto contr�rio at� o momento.
As declara��es foram feitas por ocasi�o da reuni�o mensal do Conselho Episcopal Pastoral (Consep). Em pauta, tamb�m esteve a decis�o do STF de dar plenos poderes ao Conselho Nacional de Justi�a (CNJ) para investigar ju�zes, ao julgar a��o direta de inconstitucionalidade impetrada pela Associa��o dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Para o secret�rio-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, a decis�o "preservou a fun��o do conselho e, mais uma vez, o STF d� ao Brasil a oportunidade de ter �rg�os que ajudam a oferecer mais transpar�ncia � pr�pria Justi�a. Ganhou o STF, os magistrados, a Justi�a e a sociedade".
Os integrantes do Consep tamb�m discutiram sobre a situa��o dos �ndios Guarani Kaiow�, de Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. Segundo dom Steiner, os �ndios "est�o despojados de suas terras" e em uma situa��o de desamparo, submetidos � viol�ncia, pela falta de andamento dos processos tradicionais de demarca��o de terras e a aus�ncia de pol�ticas p�blicas em seu favor.
Steiner relatou que, recentemente, esteve em Coronel Sapucaia e que ficou chocado com informa��es de que alguns adolescentes da tribo "se enforcam porque n�o veem futuro". "Eles sentem que a oportunidade de express�o lhes est� sendo negada, por isso, influenciados pela sua cultura, se sentem compelidos a cometer suic�dio".
A CNBB informou que vai lan�ar, na Quarta-Feira de Cinzas, a Campanha da Fraternidade deste ano, que ter� como tema a sa�de p�blica.