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Estado de Minas

Governo federal pressiona para deputados votarem fundo do servidor

Proposta que muda o regime de previd�ncia dos funcion�rios p�blicos federais deve ser analisada amanh� na C�mara, mas enfrenta forte resist�ncia de sindicatos


postado em 27/02/2012 08:20 / atualizado em 27/02/2012 08:22

O governo federal enfrentar� amanh� a primeira das v�rias batalhas que travar� com o funcionalismo p�blico e com os sindicatos que representam a categoria ao longo de 2012. O plen�rio da C�mara votar� o Fundo de Previd�ncia dos Servidores P�blicos Federais (Funpresp), um projeto que est� no Congresso desde 2007 e que a presidente Dilma Rousseff definiu como prioridade. Os sindicatos j� prometeram mobiliza��o contra o projeto. “Vamos panfletar no aeroporto e no Congresso a partir de hoje”, amea�a o secret�rio-geral da Confedera��o dos Trabalhadores no Servi�o P�blico Federal (Condsef), Josenilton Costa.

A ministra de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, n�o demonstra preocupa��o com a press�o dos sindicatos. “N�o � poss�vel haver dois regimes de aposentadoria t�o diferenciados como os da iniciativa privada e o do servi�o p�blico. Isso � insustent�vel”, disse. “Da mesma forma que, com uma infla��o controlada, � insustent�vel uma categoria como o Judici�rio querer 56% de aumento salarial”, provocou a ministra, apontando outro ponto de embate entre o Executivo e o sindicalismo em 2012.

A compara��o da ministra � com o fato de os servidores poderem aposentar-se com vencimentos integrais, enquanto os trabalhadores privados t�m de se contentar com o teto do INSS, aproximadamente R$ 3,2 mil. Se quiserem uma aposentadoria mais tranquila, ter�o de contribuir com um plano de previd�ncia privada. Al�m disso, a compara��o do deficit nos dois setores � brutal: o da previd�ncia do servi�o p�blico � de R$ 56 bilh�es para atender 1,1 milh�o de aposentados. J� o do INSS � de R$ 36 bilh�es para custear a aposentadoria de 29,7 milh�es de pessoas.

Ideli acredita ter � disposi��o todos os votos necess�rios para a aprova��o do projeto. Ela admite a possibilidade de resist�ncias no PDT — gra�as � press�o exercida pelo presidente da For�a Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho — e de alguns parlamentares do PCdoB mais ligados ao sindicalismo. No PT, Ideli espera oposi��es pontuais. “At� porque boa parte das melhorias feitas no texto partiram de contribui��es dadas por parlamentares do PT”, afirmou a ministra.

Contrapartida


Entre essas mudan�as, est� a concord�ncia do governo federal em contribuir com 8,5% do sal�rio bruto dos servidores para o fundo. A equipe econ�mica s� queria 7,5%, mas concordou em aumentar o percentual para assegurar as aposentadorias especiais para mulheres e algumas categorias espec�ficas, como policias rodovi�rios federais (PRF). Outro ponto aceito pelo governo foi que cada um dos tr�s poderes tenha seu pr�prio Fundo de Previd�ncia, em vez de um fundo �nico para os tr�s. Essa altera��o foi feita por uma press�o do Judici�rio, que queria um tratamento diferenciado.

Ao contr�rio do que afirmam os sindicatos, Ideli declarou que o Funpresp poder� ser bom, inclusive, para os servidores que j� est�o no servi�o p�blico. “Hoje, se algu�m deixa o funcionalismo e assume uma fun��o na iniciativa privada, s� leva consigo o tempo de servi�o. Com a aprova��o do Funpresp, os servidores que est�o na ativa e quiserem aderir ao fundo poder�o transferir esses recursos que j� economizaram, caso mudem para o setor privado”, explicou.

Josenilton reconhece que � muito dif�cil derrotar em plen�rio o Funpresp, porque a base do governo tem ampla maioria. Mas critica o PT e a presidente Dilma por n�o fazerem um debate transparente. “Est�o querendo colocar no colo do servidores um deficit. Quando mudou o regime, na d�cada de 1990, da CLT para o Regime Jur�dico �nico, os recursos dos servidores foram embolsados pelo governo. � o Tesouro que tem que cobrir esse rombo”, disse Josenilton.

Os principais pontos da lei

Cada um dos Tr�s Poderes ter� direito a criar o pr�prio Fundo de Previd�ncia para o funcionalismo

A Uni�o fica respons�vel por contribuir com 8,5% do sal�rio bruto do servidor para o Fundo

Os fundos ser�o administrados por bancos p�blicos

As aposentadorias especiais para mulheres e algumas categorias, como policiais rodovi�rios e federais, est�o mantidas

 

 


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