Deputados do PMDB protestam contra hegemonia do PT

Insatisfeitos na rela��o com o governo Dilma Rousseff e amea�ados de perder para o PT o status de partido com maior n�mero de prefeitos, 45 deputados do PMDB assinaram um manifesto protestando contra a hegemonia petista. No texto de 25 linhas que ser� entregue oficialmente na segunda-feira ao vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, e ao presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp (RO), os deputados reclamam "da rela��o desigual e injusta" do governo com o PMDB se comparado com o tratamento que o PT recebe do Pal�cio do Planalto.

"Nas propostas e nas decis�es maiores (do governo), o PMDB n�o tem participado e � vis�vel o esfor�o do governo para fortalecer o Partido dos Trabalhadores", afirma a nota. Embora s� a metade da bancada tenha assinado o manifesto, os demais parlamentares dever�o aderir ao texto at� segunda-feira. Tamb�m v�o receber o manifesto os l�deres na C�mara, Henrique Alves (RN), e no Senado Renan Calheiros. Mas o sinal de que n�o se trata de um movimento da base parlamentar contra a c�pula partid�ria, vem da lista de signat�rios. O deputado Renan Filho e Francisco Esc�rcio , respectivamente ligados ao l�der Renan e ao presidente do Senado, Jos� Sarney, n�o teriam aderido � revelia de ambos.

"N�s estamos vivendo numa encruzilhada, onde o PT se prepara com ampla estrutura governamental para tirar do PMDB o protagonismo municipalista e assumir seu lugar como o maior partido com base municipal no Pa�s", afirma o documento, resumindo a preocupa��o do conjunto do PMDB e o nervosismo do partido diante da proximidade das elei��es municipais de outubro.

Entre os signat�rios est�o os deputados Danilo Fortes (CE), L�cio Vieira Lima (BA), Osmar Terra (RS) e Nilda Gondim, que � m�e do senador Vital do Rego Filho (PMDB-PB). � nesse clima de tens�o na rela��o com o PT e com o governo que o manifesto prop�e um encontro nacional das bases do partido em Bras�lia, no dia 25 de abril, quando vereadores, prefeitos e presidentes de diret�rios do PMDB em todo o Pa�s dever�o questionar a alian�a.