O l�der do PSDB no Senado, �lvaro Dias (PR), disse hoje que os dados da Opera��o Panaceia apontando suposto envolvimento do ex-diretor do diretor da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) e hoje governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), em esquema de recebimento de propina comprovam que as ag�ncias est�o "aparelhadas politicamente". "Algumas foram sucateadas ou utilizadas desonestamente", acusou.
A opera��o apreendeu uma agenda com registro de contabilidade da diretoria do laborat�rio Hipolabor. Os dados apontam supostos pagamentos ao petista em 2010, ano em que deixou a Anvisa para disputar o governo. No entender do l�der tucano, as autoridades respons�veis pela opera��o devem "estabelecer a rela��o de promiscuidade com a doa��o feita a Agnelo".
Uma das p�ginas da agenda, referente ao dia 24 de maio de 2010, traz a anota��o "Agnelo" ao lado de "50.000". No dia 30, h� outra anota��o, aparentemente abreviada: "Agnelo:50.". "Se h� a comprova��o do repasse ilegal do dinheiro, trata-se de uma prova contundente de corrup��o e impunidade administrativa", disse Dias.
A agenda apreendida na Opera��o Panaceia, que contou com a colabora��o de agentes da pr�pria Anvisa e do Minist�rio da Justi�a, seria a primeira evid�ncia documental j� apresentada do suposto esquema de propina na ag�ncia. Um v�deo que est� sendo examinado pela Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR) mostra Daniel Almeida Tavares, lobista de outra ind�stria farmac�utica, a Uni�o Qu�mica, acusando o governador de receber propina, quando diretor da Anvisa, para liberar licen�as para a empresa. O denunciante disse que o suborno de R$ 50 mil teria sido pago em 2008.