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Estado de Minas

Em plena crise, PMDB faz demonstra��o de unidade na filia��o de Cl�sio Andrade

Presen�a do vice-presidente da Rep�blica serviu para marcar posi��o


postado em 20/03/2012 06:58 / atualizado em 20/03/2012 07:43

"O PMDB assegura a governabilidade porque sabe distinguir muito bem o momento pol�tico eleitoral, em que as pessoas discutem e controvergem para chegar ao governo, do momento pol�tico administrativo", diz Temer (foto: Beto Magalh�es/EM/DA Press)
O PMDB aproveitou ontem a filia��o do senador Cl�sio Andrade, em Belo Horizonte, com a presen�a do vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, para demonstrar for�a e uni�o, num momento em que as rela��es no Congresso Nacional com o governo Dilma Rousseff (PT) est�o tensas. Ainda que os l�deres n�o admitam publicamente, nos bastidores a lista de queixas � longa. O PMDB se considera sub-representado no primeiro escal�o e o contingenciamento das emendas parlamentares em ano eleitoral traz um desconforto ainda maior, dada a press�o das bases. H� ainda reclama��o em rela��o � forma como o Pal�cio do Planalto trata os deputados e senadores – na base da convoca��o e das amea�as. Al�m disso, por se considerar o partido mais forte da base aliada, o PMDB registra grande insatisfa��o entre outras legendas menores, que, mais t�midas, pegam carona nos resultados que esperam colher da rebeli�o peemedebista.

"Os bombeiros de plant�o precisam agir", disse um l�der peemedebista ontem, em refer�ncia �s dificuldades com o governo Dilma, durante a conven��o extraordin�ria na Assembleia Legislativa que filiou o senador mineiro. Menos expl�cito, o l�der do PMDB no Senado, Renan Calheiros, em seu discurso, focou em Temer a for�a do partido: "O PMDB deve muito a Michel Temer. A �nica resposta que temos de dar � a unidade em torno de Temer".

Antes dele, o presidente nacional, senador Valdir Raupp (RO ), na mesma linha, anunciava o tamanho do partido no pa�s. "O PMDB est� fazendo cruzada pelo Brasil com uma �nica prega��o: a candidatura pr�pria para prefeito e para vereador", disse, ressaltando que o partido tem 1.154 prefeitos, 900 vice-prefeitos, 8.500 vereadores, 200 deputados estaduais, 80 federais, 20 senadores, cinco governadores e seis vice-governadores. "Vamos sair dessa elei��o com o maior n�mero de prefeitos e vereadores da hist�ria", avisou Raupp, enfatizando as candidaturas a prefeito em Belo Horizonte, S�o Paulo e Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo em que o presidente nacional do PMDB negou qualquer "estremecimento ou problema" com o governo Dilma, considerou: "At� porque temos o vice-presidente da Rep�blica. Somos aliados de primeira hora e vamos continuar apoiando". Raupp minimizou as dificuldades, que j� geraram diversos encontros paralelos de peemedebisstas para discutir a rela��o com o governo federal: "Na pol�tica h� pequenas turbul�ncias e insatisfa��es. Logo v�o serenando".

Tamb�m o vice-presidente Michel Temer fez quest�o de destacar a import�ncia do PMDB, que segundo ele, "fez a governabilidade em v�rios governos", e sempre os integrou como "convidado". Apesar do recado, ele negou qualquer crise entre os peemedebistas e a gest�o da presidente Dilma Rousseff. Temer considerou "naturais" as reclama��es por mais espa�o, especialmente em ano eleitoral. "N�o tem havido nenhuma crise fruto de eventual reclama��o. E o Cl�sio vindo para o PMDB vai ajudar nessa boa rela��o do PMDB com o governo."

Governabilidade Para o vice-presidente, a chegada do senador mineiro d� mais "equil�brio" na rela��o de for�as no Congresso. Questionado sobre a possibilidade de Dilma sofrer nova derrota durante a vota��o do C�digo Florestal, Temer esquivou-se: "N�o posso dizer isso porque n�o sabemos o que vai ocorrer at� o dia da vota��o". A presidente sofreu rev�s com a rejei��o do nome de Bernardo Figueiredo � diretoria-geral da Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o que a levou a substituir a lideran�a de governo no Senado.

Segundo Cl�sio, repetindo o l�der do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), o partido est� se adaptando � “nova realidade do governo Dilma”. O senador salientou o papel da legenda na governabilidade. “O partido � democr�tico, tem papel fundamental na administra��o da petista, assim como teve na de Lula. O PMDB d� equil�brio ao governo junto com o PT. � natural que tenha adapta��es e reivindica��es”, amenizou.

Al�m de Michel Temer, Renan Calheiros e Raupp, compareceram � filia��o de Cl�sio os tamb�m peemedebistas Edison Lob�o, ministro das Minas e Energia; Romero Juc� (RR), ex-l�der do governo no Senado, e os tamb�m senadores Vital do Rego (PB) e Eun�cio de Oliveira (CE), ex-ministro das Comunica��es. Integrantes de outros partido da base tamb�m participaram da conven��o extraordin�ria, como os senadores Gim Argello (PTB-DF) e Antonio Russo (PR-MS).

Enquanto isso...
…l�der agora defende Ideli


O l�der do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), reconheceu que a tarefa exercida pela ministra da Secretaria de Rela��es Institui��es, Ideli Salvatti, de manter os partidos da base aliada pacificados, � "uma fun��o espinhosa". Ele considerou improv�vel a ideia de que a presidente Dilma Rousseff tire Ideli do cargo para atender pedidos de l�deres aliados. A "fritura" de Ideli, na opini�o de Eduardo Braga, est� descartada. O l�der mudou de posi��o depois de ter conversado com Dilma, na manh� de ontem. Na semana passada, havia demonstrado descontentamento com a articula��o de Ideli com o PR, que reagiu � decis�o de que n�o vai recuperar o Minist�rio dos Transportes deixando de apoiar o governo no Senado.

Se no plano federal o PMDB se contorce por mais espa�o no governo de Dilma Rousseff, em Minas caciques do partido garantem que a legenda est� em condi��es de lan�ar candidatura pr�pria ao Pal�cio da Liberdade em 2014. O senador filiado ontem � legenda, Cl�sio Andrade, que estava no PR, � a principal carta na manga. Depois de ter formulado o convite a Cl�sio, o ex-ministro das Comunica��es H�lio Costa disse que no momento trabalha apenas para "ajudar a restruturar o partido". H�lio Costa, que perdeu para Antonio Anastasia (PSDB) em 2010, garantiu n�o ter projetos para concorrer em 2014. Com tr�nsito em todos os grupos pol�ticos do partido, Cl�sio � a aposta para unificar a legenda.

“Cl�sio ser� o l�der no processo de sucesso em 2014. Ser� o candidato preferencial”, disse o deputado estadual Paulo Piau. “Ele tem toda a chance de ser o candidato”, afirmou o deputado federal Mauro Lopes, secret�rio-geral do partido. “O PMDB estar� mais forte com Cl�sio”, sustentou o presidente estadual, Ant�nio Andrade.

Reiterando o discurso que pleiteia maior presen�a de Minas no plano federal e nos tribunais de justi�a superiores, al�m da cobran�a por mais investimentos na duplica��o e recupera��o de rodovias e na instala��o de um tribunal regional federal no estado, Cl�sio Andrade disse que o PMDB tem todas as condi��es para concorrer ao governo mineiro. “O PMDB � o partido mais preparado. � o partido que tem condi��es, pelo alinhamento e afinidade com o governo Dilma, de atrair investimentos”, anunciou. “Veja o Rio de Janeiro onde houve mais de R$ 20 bilh�es em investimentos nos �ltimos anos. Pernambuco teve mais de R$ 15 bilh�es, exatamente pelo alinhamento (ao governo Dilma)”, comparou. De acordo com ele, Minas precisa e depende dessa intera��o com o governo federal. “Vai ser o PMDB que vai salvar o nosso estado”, acrescentou.

Festan�a

Al�m de fretar dois avi�es que trouxeram o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, o ministro das Minas e Energia, Edison Lob�o e diversos senadores, entre eles o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp (RO) e o l�der do partido no Senado, Renan Calheiros, Cl�sio organizou um grande evento para a sua filia��o, com a presen�a de l�deres de 700 diret�rios cidades. Quarenta faixas saudavam o senador na entrada principal da Assembleia.

Ao som do batuque da Charada da Alegria, os convencionais eram recebidos no sagu�o principal com petiscos do Buffet Cristina Misk. Aqueles que n�o conseguiram vaga nas galerias, puderam acompanhar os discursos pelos tel�es . Sem considerar os voos fretados, o custo da festa na ALMG foi de R$ 35 mil. Em seguida, Cl�sio deu uma recep��o em sua casa. Al�m dos peemedebistas, participaram da filia��o os deputados federais Reginaldo Lopes (presidente estadual do PT), Miguel Corr�a Jr (PT), Odair Cunha (PT), J� Morais (PCdoB), Lu�s Tib� (PTdoB) al�m do presidente estadual do PRTB, Aristides Fran�a, aliado pol�tico de Cl�sio que desbancou a antiga dire��o da legenda.

 

 


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