Al�m de elos com pol�ticos, a organiza��o criminosa comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tinha sob suas ordens dois delegados da Pol�cia Federal e 30 policiais militares, que vazavam informa��es privilegiadas e driblavam at� a a��o da For�a Nacional de Seguran�a, quando atuava na repress�o a jogos il�citos em Goi�s e nos arredores de Bras�lia.
Byron integrava o time de interlocutores de Cachoeira que, como o senador Dem�stenes Torres (Sem partido-GO), se comunicava com o contraventor por meio de aparelhos de r�dio Nextel habilitados no exterior para tentar escapar de escutas telef�nicas. Seu papel era garantir a explora��o de m�quinas de ca�a-n�queis, vazar e direcionar investiga��es, a pedido de Cachoeira, a quem se refere como “guerreiro velho”. O contraventor o chamava de “doutor”.
Em agosto do ano passado, Byron prestou contas de um servi�o para o contraventor e aproveitou para pedir um adiantamento de dinheiro para pagar um apartamento. A conversa telef�nica foi interceptada pela opera��o Monte Carlo. A outro delegado da PF preso na opera��o, Deuselino Valadares dos Santos, o pre�o pago por Cachoeira foi bem mais alto.
Conhecido na organiza��o como “Neguinho”, Deuselino Valadares foi cooptado quando chefiava a Delegacia de Repress�o a Crimes Financeiros da Superintend�ncia da Pol�cia Federal em Goi�nia. Auditores fiscais atestaram enriquecimento do delegado, incompat�vel com os rendimentos declarados ao Fisco. Em 2011, ano em que foi afastado do cargo, Deuselino e sua mulher, Luanna Bastos Pires Valadares, teriam comprado � vista uma fazenda no munic�pio de Juarina, no Tocantins, por mais de R$ 1 milh�o.
As investiga��es mostram que Carlinhos Cachoeira mantinha esquema de contatos pol�ticos e com agentes da �rea de seguran�a para garantir prosperidade aos seus neg�cios. Dem�stenes Torres transitou nos dois grupos. Do esquema do contraventor tamb�m fariam parte seis delegados da Pol�cia Civil e 30 policiais militares.