Suspeita de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro para a m�fia dos ca�a-n�queis, a empresa Calltech Combust�veis e Servi�os Ltda. emitiu notas fiscais para parlamentares e �rg�os governamentais comprovarem despesas com dinheiro p�blico.
Segundo dados do Portal da Transpar�ncia da C�mara dos Deputados e do da C�mara Legislativa do DF, o posto de gasolina emitiu notas para pelo menos sete parlamentares. Entre janeiro de 2011 e mar�o de 2012, Vicente C�ndido, do PT-SP, apresentou R$ 1.900 em notas. Augusto Carvalho (PPS-DF), R$ 400. Takayama (PSC-PR), R$ 387. J� o ex-deputado Cl�vis Fecury (DEM-MA) era frequente usu�rio dos servi�os da fam�lia Queiroga. Suas notas somam R$ 3.400. Os per�odos s�o diferentes para cada parlamentar.
Na C�mara Legislativa do DF, o distrital Washington Mesquita (PSD) pediu o reembolso de tr�s notas do posto: R$ 177, R$ 165 e R$ 160 no ano passado. O presidente da Casa, Patr�cio (PT), tamb�m gastou ali parte da sua verba indenizat�ria.
Tamb�m h� registros de despesas no posto feitas pelo Centro Federal de Educa��o Tecnol�gica de Alagoas, vinculado ao Minist�rio da Educa��o, e da Superintend�ncia da Agricultura e Abastecimento de Mato Grosso, vinculado ao Minist�rio da Agricultura e Pecu�ria. Os gastos foram feitos com o cart�o de pagamentos do governo federal.
Lavagem
As investiga��es do Minist�rio P�blico Federal (MPF) e da Pol�cia Federal (PF) mostram que a organiza��o criminosa usava os servi�os de Queiroga para movimentar o dinheiro arrecadado com jogos de azar e manter a estrutura ligada a Cachoeira.
Al�m do posto de gasolina, Queiroga usava outras quatro empresas para fazer o tr�nsito dos recursos financeiros do grupo. A PF monitorou as transfer�ncias entre as contas das empresas de Queiroga para Geovani Pereira da Silva, contador de Carlinhos Cachoeira, e a Calltech. A quebra de sigilo banc�rio revelou uma intensa movimenta��o entre as contas.
O Grupo Estado n�o localizou o propriet�rio do posto Calltech, Diego Queiroga, nem Jos� Ol�mpio. Por meio de sua assessoria de imprensa, o deputado Vicente C�ndido informou que desconhece qualquer irregularidade na empresa e que usou os servi�os do posto porque ele fica pr�ximo � casa do seu motorista. Os outros parlamentares citados n�o responderam �s chamadas.