O deputado Prot�genes Queiroz (PC do B-SP) afirmou desconhecer a exist�ncia dos di�logos gravados pela Pol�cia Federal na Opera��o Monte Carlo, revelados nesta quarta pelo Estado, que indicariam liga��o entre ele e o sargento Idalberto Matias Ara�jo, o Dad�, um dos principais operadores do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. “N�o reconhe�o (que seja eu falando). Preciso ter acesso aos �udios para poder afirmar ou n�o se existiu essa conversa”, afirmou o ex-delegado em entrevista � radio Estad�o ESPN, quarta de manh�.
Segundo Prot�genes, sua rela��o com Dad� era profissional e ele desconhecia a participa��o do sargento no esquema de Cachoeira. “Conhe�o o sargento Idalberto da �poca em que eu era diretor de Intelig�ncia da PF e ele era membro do Servi�o de Intelig�ncia da Aeron�utica. Nossos contatos eram relativos a atividades de intelig�ncia”, explicou. “A pris�o do sargento foi uma surpresa no meio da intelig�ncia, em raz�o de sua compet�ncia.”
Durante a entrevista, o deputado ouviu trechos das conversas aos quais o Estad�o teve acesso. “Se realmente esse di�logo existiu, n�o h�, no di�logo, nenhuma rela��o com o sistema Cachoeira. A conversa n�o est� no contexto do sistema de Carlinhos Cachoeira” disse o ex-delegado. Conforme a PF, as liga��es foram feitas para o celular do deputado, no ano passado. “N�o tenho lembran�a nenhuma. Sai uma manchete no Estad�o dando a entender que eu tenho alguma vincula��o com o sistema Cachoeira. Quero saber de di�logos existentes com o sistema Cachoeira”, disse Prot�genes, acrescentando que vai esclarecer “tamanha irresponsabilidade.”
Autor do requerimento de cria��o de uma CPI para investigar a liga��o de pol�ticos com Carlinhos Cachoeira, Prot�genes disse que o teor das grava��es n�o o impede de ser relator da comiss�o e que “com certeza” se sentiria � vontade para essa tarefa.
Of�cio
Em of�cio enviado nesta quarta ao procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, Prot�genes pede informa��es da investiga��o sobre Cachoeira que possam incrimin�-lo e questiona a exist�ncia de “�udios e v�deos” envolvendo seu nome na investiga��o. E, se houver, “se esses di�logos tipificam conduta criminosa” com o sistema comandado pelo contraventor.
Em seu blog e nas redes sociais ele classifica a reportagem de “tendenciosa” e diz que “os supostos �udios situam-se completamente fora do contexto do caso Cachoeira.” No Twitter, o deputado escreveu que a reportagem foi “uma encomenda” e que “os dados v�o aparecer na CPI.”