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Estado de Minas

Relator do novo C�digo Florestal na C�mara tem a b�n��o do agroneg�cio


postado em 23/04/2012 06:55 / atualizado em 23/04/2012 06:58

Setor irrigou com R$ 990 mil a campanha do relator do Código Florestal na Câmara, deputado Paulo Piau(foto: Luiz Alves/Agência Câmara )
Setor irrigou com R$ 990 mil a campanha do relator do C�digo Florestal na C�mara, deputado Paulo Piau (foto: Luiz Alves/Ag�ncia C�mara )
Alvo das cr�ticas de ambientalistas em raz�o das mudan�as promovidas na reforma do C�digo Florestal na semana passada, o deputado Paulo Piau (PMDB-MG), relator da mat�ria que tramita na C�mara, contou com uma colabora��o dos empres�rios do agroneg�cio para se eleger. Mais de R$ 990 mil – o que corresponde a 41,7% dos R$ 2.380.528 que declarou ter recebido em doa��es – vieram de investidores que devem ter agradecido um documento menos rigoroso. Depois de analisar o texto vindo do Senado, Piau alterou diversos t�picos, entre eles o que determinava uma extens�o da �rea de preserva��o permanente a ser recomposta por quem realizou desmatamentos em encostas e beiras de rios. A nova vers�o ser� votada amanh� no plen�rio da Casa.

Os cortes feitos por Piau colocaram em risco a aprova��o da mat�ria esta semana, como queriam a base aliada e os ambientalistas. “O relat�rio do Piau � desastroso. Fragiliza a defesa e a recupera��o dos cursos d’�gua e matas ciliares, j� pouco protegidas. Ainda mant�m as facilidades de cr�ditos agr�colas ao agroneg�cio sem a exig�ncia de regulariza��o ambiental em cinco anos e sepulta o artigo que estabelece a reserva de vegeta��o por habitante de cidades. Liberou geral. A vota��o ser� uma batalha”, prev� o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

A inje��o de recursos provenientes de produtores rurais – todos legais e devidamente registrados na Justi�a – irrigou n�o s� a campanha de Piau, mas de boa parte da chamada bancada ruralista da C�mara. Mais da metade do total de R$ 1.557.728,41 que o deputado Lu�s Carlos Heinze (PP-RS) informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter recebido durante a campanha de 2010 saiu das empresas do setor.

Outro agraciado com a generosidade dos executivos do ramo foi o deputado Abelardo Lupion (DEM-PR). S� uma usina sucroalcooleira doou R$ 250 mil ao ent�o postulante � C�mara. J� com Moreira Mendes (PSD-RO), que arrecadou R$ 1.136.062,95, segundo o TSE, os grupos ligados ao agroneg�cio contribu�ram com R$ 330 mil, enquanto 14% dos R$ 2.771.075,50 da campanha de Ronaldo Caiado (DEM-GO) vieram de empres�rios do ramo.

Interesses

O deputado Heinze argumentou que se elegeu para defender os interesses do setor agropecu�rio. Afirmou que tem compromissos com os produtores rurais e que as empresas que contribu�ram com a campanha reconhecem o seu trabalho como parlamentar. Disse ainda que, se a legisla��o atual for mantida, mais de 100 mil propriedades rurais podem ser obrigadas a parar de produzir, segundo ele, a grande maioria composta por pequenos produtores rurais, com �reas de at� quatro m�dulos fiscais.

Caiado informou, por meio de assessoria, ser “p�blico e not�rio” que uma das suas linhas de atua��o � em defesa do setor produtivo brasileiro, e que “o C�digo Florestal vai dar garantias, principalmente aos pequenos e m�dios produtores brasileiros”. Piau, Lupion e Moreira Mendes n�o retornaram as liga��es da reportagem.

 

 


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