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Estado de Minas

Estrelas dos principais partidos do governo recusam-se a participar da CPI de Cachoeira

Alegam que est�o sobrecarregadas com "outras tarefas"


postado em 23/04/2012 07:00 / atualizado em 23/04/2012 07:06

Sessão que criou a CPI do Cachoeira: grande mistério da comissão, PT deve anunciar integrantes amanhã (foto: Saulo Cruz/Ag Câmara )
Sess�o que criou a CPI do Cachoeira: grande mist�rio da comiss�o, PT deve anunciar integrantes amanh� (foto: Saulo Cruz/Ag C�mara )
Escaldados depois de v�rias comiss�es parlamentares de inqu�rito (CPIs), os grandes nomes dos partidos planejam ficar longe da comiss�o mista que vai investigar os neg�cios do empres�rio Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a ser instalada esta semana. O l�der do PMDB, Renan Calheiros (AL), por exemplo, avisa que n�o pretende compor o colegiado. “L�der pode falar a qualquer hora. N�o serei da CPI. Nunca quis ir para a CPI”, afirma. Na mesma linha seguem o l�der do governo, Eduardo Braga, e o ex-l�der do governo Romero Juc� (PMDB-RR). O peemedebista, cogitado para ser presidente da comiss�o, comunicou ao l�der que considera a fun��o de relator do Or�amento trabalhosa demais para dividir a aten��o. Quanto a Braga, entretanto, o martelo n�o est� batido.

O PMDB tem cinco vagas de titulares na CPI. Um deles ser� o presidente da comiss�o, Vital do Rego (PB). Uma vaga ser� cedida ao PP e ficar� com o senador Ciro Nogueira (PI). As outras tr�s ainda n�o est�o definidas. Al�m de Eduardo Braga, um dos nomes a serem inclu�dos deve ser o do senador Cl�sio Andrade (MG), presidente da Confedera��o Nacional dos Transportes (CNT). Cl�sio � crist�o novo nas hostes petistas. Durante a crise que tirou o PR do Minist�rio dos Transportes, ele estava no partido, o mesmo do ex-ministro Alfredo Nascimento.

O PMDB n�o � o �nico partido em que senadores de ponta desejam ficar fora. No PSB, Rodrigo Rollemberg (DF) foi aconselhado a n�o fazer parte dela. “Estou muito focado na Rio+20. Junho est� chegando. N�o posso participar da CPI”, diz ele. Mas h� outras raz�es: Rollemberg desponta como pr�-candidato a governador do Distrito Federal. Seu partido � aliado do governo de Agnelo Queiroz, que ter� o que explicar na CPI.

O principal mist�rio da comiss�o ainda � o PT. Titulares e suplentes continuam indefinidos devido a disputas internas dentro da legenda. A briga para definir se os petistas da CPI ser�o mais alinhados ao Planalto ou a personagens hist�ricos, como o ex-presidente Lula e o ex-ministro Jos� Dirceu, n�o se restringe ao relator. A tend�ncia � de que a presidente Dilma Rousseff ganhe a queda de bra�o e os escolhidos para ocupar as tr�s vagas �s quais a sigla tem direito tentem proteger o governo federal e as obras do PAC.

O l�der do PT na C�mara, Jilmar Tatto (SP), a quem cabe a decis�o a respeito dos deputados, desconversa e nega a exist�ncia do impasse. Ele diz que os selecionados ser�o alinhados “ao Planalto, � Dilma e ao Lula”. Tatto disse que andou conversando com “todo mundo” e que os nomes que anunciar� amanh� n�o reduzir�o as investiga��es �s rela��es das empreiteiras com o governo federal. “� para apurar grampo, arapongagem, parlamentares… � uma CPI que n�o � s� de empreiteira”, enfatizou ele.

Come�o equilibrado

A impress�o geral � a de que a CPI tende a um come�o mais equilibrado do que se imaginava. Nem o PR, que chegou a retirar o apoio ao governo na C�mara depois de ter Alfredo Nascimento defenestrado do Minist�rio dos Transportes e n�o ter escolhido um sucessor que agradasse � legenda, � visto como poss�vel amea�a dentro da base aliada. Anthony Garotinho (PR-RJ) tentou ocupar a vaga, mas n�o foi aceito pelo partido. “O PR tem um nome s�. � incapaz de causar problemas”, acredita o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que ser� titular da comiss�o.

At� o deputado Rubens Bueno (PR), titular da comiss�o e l�der do PPS, partido de oposi��o na C�mara, evita bater no governo federal nessa largada. “H� no Congresso uma preocupa��o de sair de uma crise grave como essa. � preciso dar um novo rumo”, diz, otimista, completando que acredita que essa CPI ser� “para valer”. Admite preocupa��o apenas quando questionado se, tendo a maioria, a base aliada n�o tentar� queimar os envolvidos ligados � oposi��o. “H� uma preocupa��o com rela��o a isso, ningu�m pode negar”, reconhece. O deputado Stephan Nercessian (PPS-RJ) � um dos citados nas investiga��es.

As disputas tendem a ser reduzidas, pois as investiga��es j� trouxeram � tona nomes de partidos da base e da oposi��o, em diversas esferas do governo. Acredita-se que a CPI comprometer� apenas os envolvidos j� descobertos e, para evitar novas surpresas em ano de elei��o municipal, as brigas devem ser menores que em outras comiss�es parlamentares de inqu�rito.

Por ser ano eleitoral, os parlamentares est�o ainda mais preocupados com as redes sociais e as repercuss�es que podem vir das investiga��es. Por isso evitam comprometer-se. Exemplo disso � o caso do deputado Sandro Alex (PPS-PR), que n�o assinou o pedido de cria��o da CPI porque estava viajando em miss�o oficial pela Comiss�o de Ci�ncia e Tecnologia, da qual faz parte. Alvo de cr�ticas na internet, fez quest�o de apressar-se a prestar esclarecimentos e justificar suas atitudes.

 

 


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