Bras�lia - Quando voltarem da pausa nas atividade por causa do feriado do Dia do Trabalho, os membros da comiss�o parlamentar mista de inqu�rito que investiga as rela��es do empres�rio de jogos il�citos, Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com pol�ticos e agentes p�blicos e privados ter�o 167 requerimentos para analisar. A maioria deles foi apresentada por partidos de oposi��o.
Os deputados e senadores da CPMI do Cachoeira tamb�m devem definir um plano de trabalho, no qual ser� definida a data para o in�cio das oitivas e os nomes de quem ser� ouvido. A reuni�o est� marcada para quarta-feira � tarde.
Al�m deles, j� h� requerimentos para que pessoas consideradas importantes entre os contatos de Cachoeira, preso sob acusa��o de controlar uma m�fia de jogos ilegais, como o senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO) e o contador Geovani Pereira da Silva, sejam ouvidos. � prov�vel que esses requerimentos sejam aprovados, por se tratar de pessoas consideradas fundamentais na investiga��o.
Outros nomes apresentados em requerimentos, como o do ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, e o do procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, n�o devem ser convocados. A maioria dos membros da CPMI � governista e ter� papel decisivo na vota��o dos requerimentos.
A CPMI tamb�m dever� come�ar os trabalhos analisando os v�rios volumes do inqu�rito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o envolvimento de parlamentares no esquema de Carlinhos Cachoeira. O inqu�rito, por sua vez, est� fundamentado em investiga��es da Pol�cia Federal que inclu�ram diversos grampos telef�nicos da quadrilha de Cachoeira que mostram a rela��o dele com o senador Dem�stenes Torres e os deputados federais Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO), Sandes J�nior (PP-GO), Stepan Nercessian (PPS-RJ), Rubens Otoni (PT-GO) e Jovair Arantes (PTB-GO).
Na �ltima sexta-feira, o ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizou o envio do inqu�rito � CPMI mantendo o car�ter sigiloso das informa��es contidas nele. Por isso, apenas parlamentares da comiss�o dever�o ter acesso ao documento. O ministro tamb�m autorizou que as sindic�ncias da C�mara dos Deputados e do Senado, que est�o investigando parlamentares, possam ter acesso ao inqu�rito.