Liga��es telef�nicas interceptadas pela Pol�cia Federal (PF) na Opera��o Monte Carlo indicam que o grupo liderado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira ficou contrariado com a nomea��o da delegada Mailine Alvarenga na dire��o da Pol�cia Civil do DF.
Dad� conversa com um homem n�o identificado (HNI) que tamb�m lamenta a escolha feita pelo governador Agnelo Queiroz (PT) para o comando da Pol�cia Civil do DF.
A PF suspeita de que o homem n�o identificado seja um delegado da Pol�cia Civil, pelo teor da conversa. Num dos trechos, ele diz que vai chegar em Bras�lia no dia 10 de janeiro e pedir a aposentadoria. E se refere � Pol�cia Civil do DF, na conversa com Dad�, como "nossa empresa".
A delegada Mailine Alvarenga passou nove meses no comando da Pol�cia. Durante todo o tempo, foi alvo de dossi�s e press�es pol�ticas para deixar o cargo.
Em maio de 2011, numa tentativa de frear o desgaste da diretora, Agnelo chegou a declarar em entrevista ao Correio que n�o cederia � press�o e que manteria Mailine no cargo.
Mailine, no entanto, caiu em novembro de 2011. No lugar dela, assumiu o delegado Onofre de Moraes, indicado pelo ent�o chefe de gabinete do governador, Cl�udio Monteiro, que deixou o governo para se defender de suspeitas relacionadas � Opera��o Monte Carlo.
Mailine foi uma escolha pessoal do primeiro secret�rio de Seguran�a do DF na gest�o de Agnelo, Daniel Lorenz.
Delegado aposentado da PF, Lorenz tamb�m n�o era do grupo de Cachoeira, segundo relata Dad� nas conversas. Lorenz deixou a secretaria de Seguran�a P�blica antes de completar quatro meses no cargo.
Nos di�logos, h� uma preocupa��o do grupo de Cachoeira e de Dad� de que o novo grupo no comando da Seguran�a tratasse o guardi�o da Pol�cia Civil, sistema de intercepta��es telef�nicas, com m�o de ferro.
Em junho, o delegado da PF Sandro Avelar assumiu a secretaria de Seguran�a P�blica com apoio do Minist�rio da Justi�a. Ele, no entanto, apenas recentemente conseguiu emplacar nos comandos da Pol�cia Civil e da Pol�cia Militar do DF pessoas de sua confian�a, respectivamente, o delegado Jorge Xavier e o coronel Suamy Santana.