Bras�lia - “N�o h� orienta��o para a Comiss�o [da Verdade]. � uma comiss�o de Estado que n�o se subordina a ningu�m”, disse nesta segunda-feira o ministro do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) Gilson Dipp, coordenador da Comiss�o da Verdade, ao negar qualquer instru��o do Pal�cio do Planalto para que os trabalhos come�assem apurando casos de mortos e desaparecidos no per�odo da ditadura militar (1964-1985).
“Nunca foi pedido pra mim ou indicado nada a n�o ser cumprirmos a lei, para que recuperemos aquilo que digo sempre: a hist�ria e a mem�ria do Brasil”, sublinhou, ap�s reuni�o extraordin�ria de quatro membros da comiss�o (al�m dele, Jos� Carlos Dias, Cl�udio Fonteles e Rosa Maria Cardoso da Cunha) com o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo.
“A lei diz que essa comiss�o vai buscar a verdade. A maneira pela qual ela vai fazer isso, as pessoas que ser�o ouvidas, as investiga��es, s�o de absoluto crit�rio e autonomia da comiss�o”, continuou Cardozo.
O ministro da Justi�a esteve com os quatro membros da Comiss�o da Verdade no final desta manh� no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Bras�lia. O centro, que j� serviu ao ex-presidente Lula durante a reforma do Pal�cio do Planalto e � equipe de transi��o da presidenta Dilma Rousseff ap�s as elei��es de 2010, ser� o local de trabalho dos integrantes do colegiado e da equipe de assessores.
Conforme a lei que criou a Comiss�o da Verdade, o colegiado poder� utilizar documentos apurados e depoimentos obtidos pela Comiss�o de Mortos e Desaparecidos e pela Comiss�o de Anistia, ambas em funcionamento desde o governo Fernando Henrique Cardoso.
Os integrantes pediram a Jos� Eduardo Cardozo para terem encontro hoje � tarde com Paulo Abr�o, presidente da Comiss�o de Anistia, ligada ao Minist�rio da Justi�a.