(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Carlinhos Cachoeira fez dep�sito para subprocurador


postado em 25/05/2012 07:24 / atualizado em 25/05/2012 07:36

Bras�lia – Quebra de sigilo do contador da quadrilha de Carlinhos Cachoeira mostra que o escrit�rio do subprocurador-geral da Rep�blica Geraldo Brindeiro recebeu R$ 161,2 mil das contas de Geovani Pereira da Silva, procurador de empresas fantasmas utilizadas para lavar dinheiro do esquema criminoso. De acordo com o senador Pedro Taques (PDT-MT), que analisou laudo de per�cia financeira constante no inqu�rito que investiga o contraventor e seus comparsas, o escrit�rio Morais, Castilho e Brindeiro Sociedade de Advogados recebeu o montante em cinco parcelas, a maior delas de R$ 76 mil. “N�o � poss�vel que um membro do MP advogue para uma quadrilha criminosa enquanto homens da Pol�cia Federal se arriscam investigando os acusados”, criticou Taques.

O senador, que trocou o MP pelo Parlamento, explicou que juristas ingressos na procuradoria antes de 1988 t�m o direito de advogar, pois a limita��o passou a constar apenas na nova Constitui��o. O parlamentar, no entanto, questiona o suposto conflito na presta��o de servi�os do escrit�rio do subprocurador � quadrilha de Cachoeira. Ontem, Taques apresentou requerimento de informa��es � CPI que investiga o contraventor para que o colegiado apure as circunst�ncia dos repasses do contador de Cachoeira ao subprocurador.

Brindeiro foi procurador-geral da Rep�blica durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Criticado por n�o dar sequ�ncia a investiga��es de grande repercuss�o, Brindeiro ganhou o apelido de engavetador-geral da Rep�blica.

Esquema via Delta Dados da movimenta��o banc�ria em an�lise pela comiss�o mostram que a Delta Constru��es fez dep�sitos nas contas de duas empresas de fachada, a Alberto Pantoja Constru��es e Transportes e a Brava, e essas firmas fantasmas repassaram os recursos para o contador de Cachoeira. O escrit�rio em que Brindeiro tem sociedade foi pago com recursos da conta de Geovani.

O contador � considerado uma das principais testemunhas no inqu�rito contra Cachoeira. Ele era procurador de empresas de fachada usadas para lavar o dinheiro no esquema da quadrilha. A Pol�cia Federal monitorou pelo menos oito contas registradas no nome do comparsa de Cachoeira. Apesar de declarar renda anual de R$ 21,3 mil e patrim�nio de R$ 197,5 mil, Geovani chegou a movimentar R$ 4,3 milh�es nas contas em que tem titularidade.

Paralelamente �s a��es da CPI, Taques anunciou que entraria com a��o no Conselho Nacional do Minist�rio P�blico (CNMP) para apurar o servi�o advocat�cio prestado pelo escrit�rio de Brindeiro que justificasse o pagamento feito por uma das contas utilizadas no esquema do contraventor. O senador do PDT tamb�m entrou com a��o solicitando a indisponibilidade de bens da Delta Constru��es. Taques tem reclamado que a CPI est� “chapa branca” e decidiu lan�ar m�o de instrumentos externos para ter resultados mais r�pidos em rela��o �s irregularidades apuradas pela PF e trabalhos iniciais da comiss�o.

O Estado de Minas entrou em contato com o escrit�rio de advocacia do subprocurador, mas n�o recebeu resposta at� a publica��o desta edi��o.

O procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, afirmou que avaliar� se caber� ao �rg�o apurar o pagamento a Brindeiro. “N�o � nada que diga respeito ao MP. � algo que diz respeito � advocacia privada. Mas � claro que qualquer fato com que a gente se depare, temos que examinar se h� algo para apurar em rela��o a isso”, disse. (JJ)

Enquanto isso...

...STF permite fim de sigilo


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou ontem que a CPI do Cachoeira derrube o sigilo de parte das informa��es que reuniu at� o momento. A exce��o s�o aquelas relativas a grava��es de conversas telef�nicas. Lewandowski argumentou que as intercepta��es telef�nicas s�o sigilosas por for�a de lei. Na ter�a-feira a CPI deve quebrar o sigilo banc�rio nacional da construtora Delta. A comiss�o j� tem informa��es de que o ex-diretor da empresa no Centro-Oeste Cl�udio Abreu tinha autoriza��o para movimentar pelo menos 10 contas da empresa, algumas com abrang�ncia nacional. A inten��o agora � ter o acesso a toda a movimenta��o financeira da Delta, inclusive os contratos firmados com governos estaduais e federal, e poss�veis pagamentos a parlamentares envolvidos no esquema de corrup��o.

 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)