Enquanto os governadores de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), prestam depoimento na CPI do Cachoeira, o do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral Filho (PMDB) - poupado pela comiss�o - vai receber um in�dito empr�stimo do Banco do Brasil para investir em 14 obras de mobilidade e infraestrutura. Com valor total de R$ 3,6 bilh�es, o contrato ser� assinado nesta quarta em solenidade com a presidente Dilma Rousseff.
Aliados do governador comemoravam nesta ter�a o fato da medida fortalecer Cabral politicamente e demonstrar que a administra��o estadual fluminense n�o est� paralisada. Amigo �ntimo de Fernando Cavendish, dono da Delta Constru��es, empresa que est� no epicentro da investiga��o da CPI por causa de suas liga��es com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o governador do Rio enfrenta a pior crise de seu governo desde que foram divulgadas fotos de viagens que ele fez com o empres�rio a Paris e Montecarlo.
A solenidade de assinatura do contrato de empr�stimo com o Banco do Brasil � o primeiro grande evento que o governador protagoniza desde que foi poupado pela comiss�o. A primeira parcela dos recursos ser� no valor de R$ 865 milh�es e ser� liberada logo ap�s a assinatura do contrato.
As verbas ser�o usadas para obras nas linhas 3 (Niter�i-S�o Gon�alo) e 4 (zona sul-Barra da Tijuca) do Metr�, no Arco Metropolitano, na aquisi��o de barcas para travessia Rio-Niter�i obras na regi�o serrana, conten��o de encostas e barragens na regi�o norte e noroeste, urbaniza��o de comunidades na capital e na regi�o metropolitana, al�m de projetos relacionados � Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Ol�mpicos de 2016 - como a recupera��o das lagoas de Barra da Tijuca e Jacarepagu� e o Canal da Joatinga, entre outros.
"A gente estava com dificuldade para captar esse dinheiro para investimento. Chegamos ao limite no Banco Mundial (Bird) e no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O contrato com o Banco do Brasil foi fechado em 113 dias, que � muito mais r�pido do que a m�dia", disse o vice-governador Luiz Fernando Pez�o. "O presidente do BB (Aldemir Bendine) me disse que a porta dele vai ficar lotada de governadores e prefeitos de capital interessados em empr�stimos como esse", afirmou.
Sobre o fato da linha de cr�dito sair em ano eleitoral e em meio a pior crise j� enfrentada por Cabral, o vice-governador nega que tenha havido qualquer interfer�ncia pol�tica. "Esse empr�stimo come�ou a ser negociado antes de qualquer CPI. Al�m disso, as transfer�ncias aos munic�pios ficam muito limitadas a partir do dia 5 de julho. N�o tem nada a ver", disse Pez�o.