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Estado de Minas

Comiss�o da Verdade quer acesso ao relato de Dilma sobre tortura em Minas


postado em 18/06/2012 18:58

A Comiss�o da Verdade nomeada pela presidente Dilma Rousseff para apurar fatos ocorridos durante o per�odo da ditadura militar no Brasil quer acesso ao depoimento no qual a pr�pria Dilma relata torturas sofridas por ela em carceragens de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Dois pesquisadores que apoiam os trabalhos da comiss�o, instalada no m�s passado, devem ir � sede do Conselho Estadual de Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh-MG) ainda esta semana para analisar a documenta��o.

Segundo a historiadora Helo�sa Starling, assessora da Comiss�o da Verdade, o trabalho ser� feito por dois pesquisadores que trabalham com ela no departamento de Hist�ria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "A comiss�o vai solicitar aos pesquisadores para que se inteirem sobre os documentos sob a guarda do conselho. Precisamos verificar o conte�do desses documentos para ver o que fazer", observou. Segundo a pesquisadora, ainda n�o h� prazo previsto para essa an�lise, mas para a comiss�o, o "ideal" � que o trabalho seja realizado o quanto antes.

O depoimento foi prestado por Dilma ao Conedh-MG em 2001, quando ela ainda ocupava o cargo de secret�ria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, e foi divulgado pelo jornal Estado de Minas. O documento faz parte de um acervo de mais de 700 processos criados pelo Conedh-MG para indenizar presos pol�ticos no Estado. No depoimento, a presidente relata uma s�rie de agress�es sofridas em Minas, que incluem sess�es no pau-de-arara eletrochoques e socos e chutes que chegaram a causar deforma��o na arcada dent�ria de Dilma.

As sess�es de tortura foram motivadas por 22 bilhetes de �ngelo Pezzuti, estudante de Medicina que militou com Dilma no Comando de Liberta��o Nacional (Colina) e na Vanguarda Popular Revolucion�ria (VPR), morto em um acidente de moto no ex�lio em Paria em 1975. Nas mensagens, escritas sob o codinome "Gabriel", ele tramava a pr�pria fuga e a de outros companheiros de um pres�dio em Ribeir�o das Neves, na regi�o metropolitana de Belo Horizonte, e envolvia a companheira "Estela", um dos codinomes de Dilma.

Os bilhetes foram interceptados por agentes do governo e Dilma foi interrogada na Opera��o Bandeirantes (Oban), em S�o Paulo e, posteriormente, transferida para Juiz de Fora, onde voltou a ser torturada. Segundo a presidente, os interrogat�rios foram conduzidos por agentes "muito interessados em saber meus contatos com �ngelo Pezzuti, que, segundo eles, j� preso, mantinha comigo um conjunto de contatos para que eu viabilizasse sua fuga". "Eu n�o tinha a menor ideia do que se tratava. Desconhecia as tentativas de fuga de Pezzuti, mas eles supuseram que se tratava de uma mentira", disse Dilma.


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