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Estado de Minas

Dem�stenes prop�s trocar ren�ncia por absolvi��o no plen�rio


postado em 26/06/2012 08:55

O senador Dem�stenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO) tentou uma �ltima aposta para assegurar seus direitos pol�ticos e, assim, ter a chance de se candidatar em elei��es futuras. Pessoalmente ou por interm�dio de emiss�rios, ele procurou nas �ltimas semanas algumas figuras-chave do Senado, como o presidente da Casa, Jos� Sarney (PMDB-AP); o l�der do PMDB, Renan Calheiros (AL), e o ex-governador A�cio Neves (PSDB-MG), para oferecer a pr�pria cabe�a em troca da absolvi��o.

Sem a presen�a de Dem�stenes, o Conselho de �tica aprovou na noite de ontem, segunda-feira, 25, o relat�rio do senador Humberto Costa (PT-PE) que pede a cassa��o de Dem�stenes por quebra de decoro parlamentar. Num relat�rio de 79 p�ginas, Humberto Costa disse que h� provas "robustas" e manifestas" do envolvimento de Dem�stenes com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A decis�o agora fica para o plen�rio do Senado, que decidir� a quest�o em vota��o secreta.

Nos bastidores da Casa, a f�rmula apresentada por Dem�stenes aos interlocutores foi esta: ele tiraria licen�a do cargo por 120 dias - o que pode ser feito sem que o suplente venha a assumir o posto - e depois renunciaria ao mandato, desde que os senadores que t�m lideran�as sobre os colegas n�o trabalhassem pela cassa��o. Enquanto isso, Dem�stenes os procuraria, um a um, para dizer que n�o tem mais condi��o de permanecer no Senado. E pediria a absolvi��o no plen�rio, onde a vota��o � secreta. Se absolvido, garantiria seus direitos pol�ticos e depois renunciaria.

Nos recados, Dem�stenes fez chegar aos senadores uma sensa��o de arrependimento, de que fora enganado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, durante os �ltimos anos. Com isso, achava que poderia convencer seus ainda pares de que mereceria o perd�o, com a garantia da ren�ncia ao mandato - a perda dos direitos pol�ticos s� ocorre quando h� a cassa��o ou o acusado renuncia quando o processo j� est� aberto. Dem�stenes contava com a decis�o do Conselho de �tica pela cassa��o, mas lutaria pela absolvi��o em plen�rio. Desse modo, garantiria os direitos pol�ticos.

Resist�ncias


A negocia��o deu errado porque houve resist�ncias por parte dos que foram procurados. A�cio Neves teria respondido com um sonoro n�o a Dem�stenes, sob o argumento de que se sentiu tra�do pelo colega goiano. Em maio do ano passado, Dem�stenes pediu a A�cio que indicasse M�nica Beatriz Silva Vieira, prima do contraventor para o cargo de diretora regional da Secretaria de Assist�ncia Social em Uberaba. A�cio atendeu ao pedido e M�nica foi nomeada.

Conforme as informa��es de senadores, Dem�stenes chegou a ir a S�o Paulo atr�s de Sarney, quando o presidente do Senado estava internado no Hospital S�rio-Liban�s. Mas Sarney n�o o recebeu. Dem�stenes teria feito a viagem de Bras�lia a S�o Paulo de carro por ter receio de passar pelo constrangimento de tomar um avi�o e ser reconhecido pelos passageiros.

Depress�o

Durante o per�odo em que planejou oferecer o pesco�o em troca dos direitos pol�ticos, Dem�stenes passou por per�odos de depress�o, segundo alguns senadores que estiveram com ele. Tomou muitos rem�dios, teve dificuldades para dormir e costumava entoar versos da can��o "Tudo passar�", do cantor Nelson Ned.

O advogado Ant�nio Carlos de Almeida Prado, o Kakay, defensor de Dem�stenes, disse que as informa��es que circulam no Senado, de que seu cliente ofereceu a ren�ncia em troca dos direitos pol�ticos, n�o correspondem � verdade. “Isso nunca ocorreu. Seria contradit�rio, porque a luta do senador � para assegurar a manuten��o de seu mandato no julgamento pelo plen�rio do Senado” disse o advogado.


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