Bras�lia – O governo decidiu acionar seus ministros nessa quarta-feira para evitar a vota��o de projetos na C�mara que possam impactar as contas p�blicas. A preocupa��o imediata era com a vota��o do projeto sobre a jornada dos enfermeiros, inclu�do na pauta do dia, mas outros, com an�lise em plen�rio prevista para as pr�ximas semanas – como os royaties do petr�leo e o fator previdenci�rio – ajudaram a disparar a rea��o do Planalto. Em reuni�o com l�deres partid�rios da C�mara, o ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, e a ministra de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, fizeram um apelo para que a Casa adiasse a vota��o do projeto que reduz de 42 horas para 30 horas a carga de trabalho de enfermeiros, t�cnicos, auxiliares de enfermagem e parteiras. A sess�o terminou sem que o projeto fosse votado. Apontado como o patrocinador da vota��o para desgastar o Planalto, o presidente da C�mara, Marco Maia (PT-RS), reagiu �s cr�ticas e responsabilizou os pr�prios ministros pela libera��o do projeto para vota��o.
Maia afirmou que acertou com Padilha, no s�bado, a vota��o do projeto. Se aprovada, a nova jornada vale para o setor p�blico e privado e ter� impacto de R$ 7,2 bilh�es por ano. Segundo o presidente da C�mara, o ministro da Sa�de disse que a proposta n�o aumentaria significativamente as contas do Sistema �nico de Sa�de (SUS) e que isso teria resist�ncia dos hospitais privados.
Na reuni�o com os l�deres pela manh�, os ministros disseram que a preocupa��o maior era com as prefeituras e entidades filantr�picas. Padilha deixou a reuni�o sem falar com a imprensa. Ideli admitiu que o governo estava preocupado com a pauta da C�mara e afirmou que a orienta��o � para que n�o fossem analisados projetos que aumentassem as contas p�blicas.
Ap�s o encontro, os l�deres foram ao plen�rio e a vota��o do projeto dos enfermeiros foi bloqueada pelo PT, que pediu verifica��o de qu�rum. Boa parte dos parlamentares tinha registrado presen�a na Casa e embarcado na sequ�ncia para seus estados por conta das conven��es partid�rias que definem os candidatos para as elei��es de outubro.
O l�der do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), tentou defender a retirada do projeto e foi vaiado