Dem�stenes diz que � v�tima da "ditadura da persegui��o"

Bras�lia - Em mais um discurso para tentar salvar seu mandato, o senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO) voltou a se dizer v�tima de uma "ditadura da persegui��o". Ele ocupou nesta segunda-feira a tribuna do Senado para defender que os colegas que votaram a favor do pedido de cassa��o de seu mandato, o fizeram, n�o por descren�a em sua idoneidade, mas por press�o da m�dia. "Fizeram porque foram colocados sobre seu peito uma enxurrada de mat�rias. N�o quiseram ser as v�timas da vez. A m�dia considera impuro o que de mim se aproxima", disse o senador.

Na semana passada, Dem�stenes ocupou a tribuna do Senado por cinco vezes e prometeu falar em todas as sess�es que antecedem seu julgamento, marcado para esta quarta-feira no plen�rio do Senado. Para aprovar o pedido de cassa��o s�o necess�rios 41 votos, dos 81 senadores. A vota��o em plen�rio ser� feita de forma secreta.

"Vivemos a ditadura da persegui��o, que se aproveitou de um relat�rio vazado criminosamente", considerou o senador, referindo-se � divulga��o dos di�logos realizados pela Pol�cia Federal no �mbito das opera��es Vegas e Monte Carlo, que o flagraram em di�logos com o empres�rio goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como l�der de uma organiza��o criminosa que teria cooptado pol�ticos e empres�rios.

Dem�stenes � acusado de ter colocado seu mandato a servi�o de Cachoeira. O pedido de cassa��o do seu mandato foi aprovado de forma un�nime pelo Conselho de �tica e pela Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) do Senado.

Adotando um tom dram�tico, Dem�stenes disse que sua luta para n�o perder o mandato atende ao prop�sito de salvar sua honra. "A desonra � pior que a morte. Por isso que eu preferi lutar para salvar o meu mandato", disse o senador.

Dem�stenes tentou convencer os senadores que sua cassa��o, caso seja aprovada, ser� injusta porque ser� motivada pelo sensacionalismo. "Reafirmo a minha inoc�ncia e asseguro que estou sendo sacrificado por uma grande injusti�a. Insisto que n�o h� provas contra mim e estas [provas] carnavalizadas pela imprensa s�o ilegais e foram montadas"

"� preciso relembrar que estamos na antev�spera do momento em que o Senado n�o pode se curvar ao sensacionalismo. Depois de amanh�, esta Casa vai votar um projeto de resolu��o que determina a perda do meu mandato. Se ele for aprovado, ser� a maior injusti�a da hist�ria do Parlamento brasileiro.”