
Bras�lia – No segundo discurso feito hoje, Dem�stenes procurou enfatizar sua vida particular e disse que o seu patrim�nio que foi conseguido "depois de d�cadas de trabalho" e n�o com benef�cios devido ao cargo. "Nasci em 1961, estou com 51 anos, vou terminar de pagar meu �nico im�vel quando estiver com 80 anos de idade. Essa � a hist�ria do meu patrim�nio depois de d�cadas de trabalho", disse o senador.
"O que mais tenho mesmo s�o discos. Tinha tamb�m muitos livros, mais de 5 mil exemplares, mas dei minha biblioteca inteira para institui��es p�blicas de Goi�s", completou.
Dem�stenes disse ainda que passou a ter depress�o ap�s as den�ncias. "A depress�o que me invadiu nesse epis�dio dos ataques � minha honra me impede de ler e ouvir m�sica, os dois maiores prazeres de que desfruto. A depress�o � uma doen�a grave, mas nem de longe � meu principal problema. A quest�o n�mero 1 � a injusti�a", reclamou.
O senador reiterou que � v�tima de cal�nias e citou v�rios ministros e ex-ministros que podem "atestar" sua boa conduta na vida p�blica. "Em todos os cargos que exerci, fui ordenador de despesas, busquei recursos, houve licita��es. Perguntem aos �rg�os nos quais consegui as verbas e v�o se certificar da legalidade das presta��es de contas. Nunca direcionei nada”, disse.
"Perguntem a todos eles a meu respeito. V�o dizer que, mesmo sendo da oposi��o, sempre fui muito pidonho, mas nunca reivindiquei nada direcionado, nada de indica��o de obras para empreiteiras, nada de privilegiar uma cidade para atender a esquemas", completou.
No segundo discurso do dia, em um plen�rio vazio, o senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO), disse que n�o h� nenhuma prova ou di�logo gravado pela Pol�cia Federal que desabone a sua conduta pol�tica.
“Em quatro anos de escutas, 250 mil horas de grava��es, e em nove anos e meio de mandato, milh�es de reais destinados a emendas, n�o se encontra o menor desvio deste senador”. Ele acrescentou que foi criticado por ter aparecido em centenas de grava��es feitas na Opera��o Monte Carlo e perguntou: “Em qual desses di�logos apareceu este senador desviando dinheiro ou cometendo qualquer afronta aos cofres p�blicos ou privados? Gra�as a Deus, n�o h� nenhuma imputa��o quanto a verbas p�blicas e privadas, n�o h� nada que implique n�doa � minha consci�ncia ou minha biografia."
A s�rie de discursos feitos por Dem�stenes nesta semana fez parte da estrat�gia do senador de tentar evitar a cassa��o de seu mandato. O julgamento do processo est� marcado para a pr�xima quarta-feira no plen�rio do Senado. Para cassar o mandato de Dem�stenes, s�o necess�rios 41 dos 81 votos dos senadores. A vota��o � secreta.
Nas vota��es abertas no Conselho de �tica e na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), Dem�stenes sofreu duas derrotas. O parecer que pede a cassa��o do seu mandato recebeu apoio un�nime dos dois �rg�os do Senado.