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Estado de Minas

Chegou o dia D para Dem�stenes e a lisura no senado

A um dia do julgamento em que pode perder o mandato, Dem�stenes faz discurso emocionado e diz ser v�tima de "132 dias de massacre". Para o l�der do governo, o senador � p�gina virada


postado em 11/07/2012 06:00 / atualizado em 11/07/2012 08:00



Bras�lia –
Ap�s quatro meses de den�ncias graves sem explica��es convincentes, pedidos p�blicos de perd�o e sete discursos seguidos desde a �ltima semana para tentar salvar o mandato, chegou o dia de o senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO) enfrentar o plen�rio do Senado Federal. A partir das 10h, os senadores selam, em sess�o aberta e vota��o secreta, o destino pol�tico do homem acostumado a apontar o dedo da "�tica" para colegas envolvidos em esc�ndalos. Hoje, Dem�stenes estar� do outro lado. Deixa de ser algoz e passa a ser acusado. Entra completamente enfraquecido num plen�rio composto por algumas de suas v�timas. Nessa ter�a-feira, o sentimento entre os senadores nos corredores da Casa era de que n�o haveria escapat�ria. Ap�s nove anos e meio de mandato, o parlamentar goiano deve mesmo deixar o Senado pela porta dos fundos, apesar dos apelos emocionais que fez ontem � Casa. "Dem�stenes � p�gina virada", resumiu o l�der do governo, senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

O fato � que, pela primeira vez, o senador goiano vai experimentar o resultado da chamada "m�quina de moer reputa��o", termo utilizado por ele mesmo para classificar o bombardeio de ataques que enfrentou nos �ltimos dias. Sabendo da dificuldade extrema, numa �ltima cartada para sensibilizar os seus pares na v�spera da vota��o, o senador resolveu atacar em duas frentes. Enquanto falava mais uma vez para um plen�rio vazio em tom emocional, os seus advogados batiam de gabinete em gabinete. Entregaram a todos os senadores um memorial com os principais pontos de sua defesa.

No mesmo momento em que Dem�stenes acertava com os advogados, em seu gabinete, os �ltimos detalhes de sua defesa, uma reuni�o de l�deres, ocorrida na tarde de ontem, definia o rito que ser� seguido hoje. Inicialmente, o relator do pedido de cassa��o no Conselho de �tica, senador Humberto Costa (PT-PE), far� uso da palavra por 10 minutos. Em seguida, pronuncia-se, pelo mesmo tempo, o relator na Comiss�o de Constitui��o, Cidadania e Justi�a (CCJ), senador Pedro Taques. Depois, qualquer parlamentar pode se inscrever para debater a mat�ria. Passada essa fase, � a hora das alega��es finais.

Em nome do PSOL, partido autor da representa��o contra Dem�stenes no Conselho de �tica, o senador Randolfe Rodrigues (AP) pode utilizar 20 minutos prorrog�veis por 10. Logo em seguida, o representado ter� direito a fazer sua defesa pelo mesmo tempo. Ap�s ser cumprido todo o rito regimental, ter� in�cio o processo de vota��o com utiliza��o do painel eletr�nico do Senado. A expectativa � de que a sess�o dure entre quatro e cinco horas. Os advogados do senador o orientaram a falar de improviso.

Bombardeio

Nessa ter�a-feira, n�o teve improviso. O discurso foi preparado. Durante pouco mais de 10 minutos, Dem�stenes repetiu que vive o pior momento de sua vida. "Cheguei at� aqui vivo, ap�s 132 dias de massacre, num bombardeio sem precedentes. Toda semana nas revistas, todo dia nos jornais, toda hora nos sites, todo minuto nos blogs, todo segundo nas redes sociais, a todo momento na tev� e em muitas not�cias inventadas para me colocar, inclusive, contra parlamentares. Cento e trinta e dois intermin�veis dias sofrendo o tempo inteiro as mais horrendas ofensas, sendo chamado pelos nomes mais ferozes, sentindo na pele a campanha incessante de inj�rias, cal�nias e difama��es", discursou.

Ele declarou que vai entrar hoje no plen�rio com o sentimento de ter conseguido transpor todos os obst�culos, exceto um: “A vota��o de amanh� (hoje), quando o Senado vai escolher que futuro pretende. Se de inseguran�a jur�dica, em que qualquer de seus integrantes ter� de ser eliminado para atender � sanha acusat�ria, ou um amanh� justo, respeitando-se os direitos dos representados, sem pressa". Se Dem�stenes for cassado, ficar� ineleg�vel por oito anos contados a partir do fim do mandato para o qual havia sido eleito. Desta maneira, s� poder� concorrer a um cargo pol�tico em 2027.


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