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Estado de Minas

Nanicos fazem gin�stica financeira para dar conta da campanha eleitoral

Candidatos de pequenos partidos buscam solu��es minimalistas para administrar os parcos recursos na busca por espa�o no cen�rio pol�tico


postado em 23/07/2012 06:43 / atualizado em 23/07/2012 08:28

Milit�ncia nas ruas ou grava��o de programa eleitoral? Produ��o de santinhos ou organiza��o de com�cios? Lan�ados na disputa municipal apenas para se firmar no cen�rio pol�tico ou para servir de viga a partidos maiores, candidatos a prefeito dos chamados partidos nanicos em Belo Horizonte t�m como tarefa principal n�o articular para conquistar o cargo, mas administrar a falta de dinheiro.

O concorrente do PHS, Alfredo Flister, afirma que o partido preferiu fazer um programa eleitoral com mais qualidade a colocar a milit�ncia balan�ando bandeiras pela cidade. “N�o podemos gastar muito nas ruas porque � caro. N�o teremos cabos eleitorais. Quem quiser trabalhar conosco, tem que ser de gra�a, pela empatia”, diz o candidato.

O PHS ter� 1min29s no hor�rio eleitoral gratuito. Com a op��o pelos meios eletr�nicos, Flister at� o momento n�o fez nem sequer um corpo a corpo com a popula��o. “Devemos ir para as ruas somente a partir da pr�xima semana”, conta. A realiza��o de campanha est� liberada pela Justi�a Eleitoral desde 6 de julho.

O candidato do PHS � dentista e foi diretor do distrito sanit�rio do Barreiro no governo de Pimenta da Veiga (PSDB), que administrou a cidade de 1989 a 1990. O candidato teve ainda passagem pelo PSB, mas nega ter hoje qualquer rela��o com os dois partidos. O PHS declarou despesas de R$ 2,5 milh�es na campanha pela prefeitura, mas n�o h� qualquer expectativa de que a cifra seja alcan�ada. A maior parte do dinheiro a ser gasto pelo partido na campanha vir� de doa��es e do fundo partid�rio.

Enquanto o PHS ainda conta com a possibilidade de optar em fazer campanha com maior �nfase nos meios eletr�nicos, o PSOL, que tem a professora Maria da Consola��o como candidata, diz ter dificuldades financeiras n�o somente para garantir a produ��o dos programas, mas tamb�m para a compra at� mesmo do material utilizado para armazenar as grava��es a serem entregues �s emissoras de r�dio e televis�o. “N�o temos dinheiro porque optamos em n�o receber recursos de empreeiteiras e construtoras, que depois acabam cobrando retorno com a participa��o em obras p�blicas”, afirma Maria da Consola��o.

Com 1min32s de tempo no hor�rio eleitoral e sem dinheiro para grandes produ��es para atrair eleitores no r�dio e na televis�o, a sa�da do PSOL ser� destinar os poucos recursos de que disp�e para a produ��o de santinhos e de material de divulga��o das propostas do partido. Na quarta-feira, a candidata do partido e uma assessora fizeram campanha na Rua Padre Pedro Pinto, na Regional Venda Nova. O partido declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) gastos de R$ 50 mil na campanha para prefeito.

Tamb�m por falta de recursos, o PPL, do candidato Tadeu Martins, s� pretende come�ar a organizar atos p�blicos de campanha depois de 15 de agosto. “� tudo muito caro. Aluguel de equipamentos de som, palco, e � preciso fazer pelo menos um com�cio em cada regional da cidade”, justifica o candidato. “Vamos fazer a campanha do tost�o contra o milh�o”, diz Martins, referindo-se aos gastos de R$ 55 milh�es que Patrus Ananias (PT) e o prefeito Marcio Lacerda (PSB) declararam ao TRE.

Produtor cultural, Martins j� trabalhou na coordena��o de eventos das campanhas do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e do pr�prio Patrus � prefeitura, em 1992. O candidato, por�m, tamb�m nega ter hoje qualquer rela��o com o partido. O PPL declarou gastos de R$ 3 milh�es � Justi�a Eleitoral. “N�o significa que teremos esse aporte em recursos, mas sim em servi�os de volunt�rios”, diz Martins. A estrat�gia de declarar valores superiores � expectativa de gastos � comum entre candidatos a cargos p�blicos. O objetivo � evitar problemas judiciais na hip�tese de apresentar uma despesa mais baixa cujo valor pode acabar sendo ultrapassado ao longo da campanha.

A candidata de outro partido de menor porte, Vanessa Portugal (PSTU), n�o fez campanha durante a semana em Belo Horizonte. Por telefone, de S�o Paulo, onde participava de encontro da legenda, afirmou que a falta de recursos obrigar� a campanha a trabalhar basicamente com ajuda volunt�ria. “Tamb�m corremos a sacolinha entre os trabalhadores mais pr�ximos”, diz. O dinheiro ser� para produ��o de santinhos e banners. O PSTU declarou gastos de R$ 50 mil na campanha pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2012.

Irm�os lan�am candidatura ‘puro sangue’
Uma chapa literalmente puro sangue est� na disputa das elei��es em Tr�s Marias, munic�pio de 26,4 mil habitantes, a 276 quil�metros de Belo Horizonte, na Regi�o Central do estado. O comerciante Jos� Alberto Borges da Silva (PTN) registrou sua candidatura � prefeitura da cidade tendo como vice o irm�o e s�cio Ricardo Borges da Silva (PTN). Outro irm�o de Jos� Alberto, Jo�o Marciano, � candidato a vereador pelo mesmo partido. Tamb�m presidente do diret�rio local do PTN, o comerciante conta que decidiu disputar a prefeitura sem fazer coliga��o com nenhuma outra legenda. No entanto, encontrou uma barreira: “Temos 46 filiados no partido, mas nenhum deles quis ser candidato a vice. Na �ltima hora, solicitamos ao Ricardo para compor a chapa e ele aceitou”, conta.

Mais dois nomes concorrem � Prefeitura de Tr�s Marias: o ex-secret�rio municipal de Assist�ncia Social Niator Figueiredo (PP), apoiado pelo atual prefeito, Adair Divino (PSDB), e o empres�rio Vicente de Paulo Resende (PMDB). Jos� Alberto acredita que o fato de ter um irm�o como companheiro de chapa n�o dar� a impress�o de que ele esteja defendendo interesses familiares. “As pessoas v�o entender que o nosso prop�sito � trabalhar em prol do desenvolvimento da cidade”, aposta.

O candidato afirma ter consci�ncia da dificuldade de ganhar a corrida eleitoral numa campanha independente. “Como n�o nos coligamos com ningu�m, a campanha ser� contra 20 partidos”, comenta. Mesmo assim, ele faz planos para a administra��o municipal. “A meta � transformar Tr�s Marias em um grande p�lo de ind�strias”, conta Jos� Alberto.

Tamb�m em Juiz de Fora g�meos fazem juntos a corrida eleitoral. L� Rubens Ragone disputa vaga de vice do candidato Laerte Braga para a prefeitura e Luiz Carlos Kaizim tenta uma cadeira na C�mara Municipal, ambos pelo PCB. Acostumados a ouvir a frase “eu sempre achei que era um s�”, os juizforanos j� pensam em se precaver das poss�veis confus�es, desde a confec��o dos panfletos: “Pelo menos a roupa tem que ser diferente. Quem sabe mudar a barba?”, diverte-se Rubens.

Os g�meos come�aram juntos, aos 15 anos, a militar em gr�mios estudantis, com direito a manifesta��es e passeatas nos anos 1980. Ambos t�m ideologias fortemente assentadas. Comunistas, destacam a import�ncia das elei��es para projetar o debate em torno da igualdade social. A julgar pela apar�ncia dos dois, de igualdade eles entendem.

 


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