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Estado de Minas

Cardozo cobra identifica��o das v�timas da ditadura


postado em 23/07/2012 20:27

O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, cobrou explica��es � Pol�cia Federal sobre a identifica��o de corpos de v�timas da ditadura. Pressionado por cr�ticas ao trabalho da corpora��o, respons�vel por fazer exames de DNA em ossadas de poss�veis desaparecidos e auxiliar nas buscas, ele informou que aguarda esclarecimentos para se posicionar sobre o caso e tomar eventuais provid�ncias.

Of�cio da Comiss�o da Verdade ao ministro pede informa��es sobre o est�gio das expedi��es e dos testes em corpos, al�m dos resultados j� obtidos. O motivo � documento do Minist�rio P�blico Federal (MPF), revelado pelo Grupo Estado nesta segunda, com acusa��es � Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presid�ncia e � Comiss�o Especial de Mortos e Desaparecidos Pol�ticos. A PF � parceira dos dois �rg�os no trabalho de identifica��o.

O relat�rio menciona as dificuldades para encontrar mortos e desaparecidos nos cemit�rios de Vila Formosa e Dom Bosco, no bairro de Perus. Separadas em 1990, 1.049 ossadas est�o desde 2001 no Cemit�rio do Ara�� (SP), sem qualquer tipo de exame.

O MP cita os casos de Hiroaki Torigoe, que, apesar da indica��o das ossadas, n�o entrou na pauta da comiss�o; e Aylton Mortati, cujos restos mortais aguardam a finaliza��o de testes antropol�gicos e de DNA desde 2010. C�pia do relat�rio foi enviada a Cardozo, mas ele alegou nesta segunda, por sua assessoria, que seria precipitado se pronunciar sem ouvir a Pol�cia Federal.

Presidente do Grupo Tortura Nunca Mais no Rio de Janeiro, grupo formado por familiares de v�timas da ditadura, Vit�ria Grabois diz que tem faltado vontade pol�tica para dar � comiss�o e seus parceiros melhores condi��es. "Ela existe desde 1995 e fez muito pouco. No princ�pio, trabalhou exaustivamente para a indeniza��o de fam�lias. Mas nunca teve pessoal suficiente para trabalhar (em buscas e identifica��o), apesar da boa vontade dos integrantes", comentou.

Irm� de Antonio Theodoro de Castro, o Raul, morto na Guerrilha do Araguaia, Maria Eliana Castro elogia o empenho e a qualidade do trabalho dos t�cnicos encarregados das expedi��es voltadas � localiza��o de ossadas. Mas reclama que o governo s� come�ou a dar aten��o ao assunto ap�s sofrer condena��es internacionais.

Em 2010, a Corte Internacional de Direitos Humanos da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) ordenou que o Brasil investigasse e punisse os respons�veis pela matan�a na guerrilha. "S� foram mexer agora (com os casos), ap�s essas decis�es. Os t�cnicos e a Comiss�o (de Mortos e Desaparecidos) dependem de ordem pol�tica para executar suas fun��es. N�o podem ter verba, se n�o for autorizado", afirmou.

A PF n�o se pronunciou nesta segunda. A SDH reiterou que s� vai comentar as cr�ticas depois de receber o relat�rio do MPF.


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