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Estado de Minas

Cachoeira pede a m�o da noiva durante julgamento


postado em 25/07/2012 20:43

Denunciado pelo Minist�rio P�blico Federal, Carlos Augusto Ramos o Carlinhos Cachoeira, usou seu tempo de defesa para fazer declara��es de amor a Andressa Mendon�a, sua companheira h� tr�s anos. O contraventor disse que n�o responderia aos questionamentos relacionados ao processo, ressaltando que gostaria de fazer "um bom debate" com os procuradores sobre as provas colhidas durante as investiga��es da opera��o Monte Carlo. No entanto, diante das falhas processuais, disse Cachoeira, decidiu permanecer em sil�ncio.

"Ela me deu uma nova vida. Te amo, t�?", disse o bicheiro � Andressa que, na sequ�ncia, declarou seu amor ao companheiro do meio do p�blico. No in�cio do depoimento, Cachoeira afirmou que casaria assim que o Minist�rio P�blico o liberasse. Andressa j� aceitou o pedido. O cas�rio foi adiado por conta da pris�o do noivo. Os dois moravam juntos na casa que era do governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB), no bairro Alphaville. Hoje se encontram semanalmente na Penitenci�ria da Papuda. Contudo, a empres�ria, que acompanhou os dois dias de audi�ncia, j� avisou que se ele permanecer detido vai diminuir o ritmo das visitas por conta do ass�dio da imprensa e do ambiente "pesado" da cadeia.

Preso preventivamente h� 148 dias, Cachoeira disse estar sofrendo com seu estado de "leproso jur�dico". Ao juiz, ele explicou que as decis�es judiciais s�o sempre contr�rias e que tem poucos votos favor�veis nos tribunais. Bem humorado e sorridente, Cachoeira falou por aproximadamente cinco minutos. O tom "teatral" do bicheiro j� era esperado por membros do MP.

Depoimento

Cachoeira foi o quarto r�u a falar. Todos os sete - Geovani Pereira est� foragido -- usaram o direito constitucional de permanecer em sil�ncio. Responderam apenas perguntas de qualifica��o e, em alguns casos, fizeram desabafos.

Gleyb Ferreira chorou ao falar da pris�o. Homem de confian�a de Cachoeira no esquema, segundo a den�ncia do MP, ele alegou que foi preso injustamente. Ele se disse humilhado por conviver com marginais, estupradores e traficantes na cadeia. "S� entendo que n�o h� justi�a dentro da justi�a." O desabafo de Gleyb levou sua mulher a cair no choro. Ela foi consolada pelas esposas dos demais r�us.

Lenine Ara�jo insistiu que as provas obtidas pela PF s�o ilegais. Primo de Cachoeira e empres�rio at� 2007 de jogos legais, Ara�jo n�o quis responder se tinha um aparelho Nextel habilitado nos EUA. "Sou cat�lico fervoroso, frequentador do ter�o dos homens e colaborador de uma creche que alimenta mais de 200 crian�as", defendeu-se.

O ex-vereador de Goi�nia Wladimir Garc�z tamb�m afirmou que foi preso injustamente e que n�o tem r�dio habilitado nos Estados Unidos. Segundo ele, o aparelho apreendido pelo PF est� registrado em nome de sua mulher e foi comprado no Brasil. Ele completou dizendo que o " Wladimir" citado em alguns trechos da opera��o � outra pessoa. A defesa do ex-vereador vai pedir esclarecimentos dos fatos.

As audi�ncias de instru��o do processo dos oito r�us da Monte Carlo foram encerradas nesta quarta na Justi�a Federal de Goi�s. Alderico Rocha dos Santos, juiz respons�vel pela instru��o do processo, concedeu prazo de tr�s dias para que a defesa apresente os pedidos de dilig�ncia. A expectativa � de que o julgamento ocorra em 30 dias. Santos n�o se manifestou sobre a manuten��o da pris�o de Cachoeira. A defesa vai entrar com um novo pedido de habeas corpus. O MPF pediu condena��es superiores a 20 anos de pris�o.


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