Virg�lio Guimar�es se diz o �nico a n�o renegar Marcos Val�rio

Membro do diret�rio nacional do PT e coordenador da campanha de Patrus Ananias � Prefeitura de Belo Horizonte, o ex-deputado Virg�lio Guimar�es n�o esconde suas rela��es com o empres�rio Marcos Val�rio Fernandes de Souza. “Eu sou a �nica pessoa que nunca falou: ‘Sou um ex-amigo do Marcos Val�rio’. Nuca falei isso”, afirmou. “�ramos da mesma cidade (Curvelo, em Minas), em que todas fam�lias se conhecem. Somos de fam�lias amigas.”

Virg�lio foi quem apresentou, no final de 2002, Val�rio - ent�o dono das ag�ncias de publicidade SMPB e DNA - � c�pula petista da �poca, entre eles Jos� Genoino, Jos� Dirceu e Del�bio Soares, que depois se tornariam r�us no processo sobre o esc�ndalo que atingiu o primeiro mandato do governo de Luiz In�cio Lula da Silva.

H� cerca de tr�s semanas, Virg�lio se encontrou com Val�rio na casa do empres�rio, em Belo Horizonte. Do encontro participou tamb�m o advogado Rog�rio Tolentino, ex-s�cio do empres�rio e tamb�m r�u no mensal�o - de quem o ex-deputado � amigo de inf�ncia.

Virg�lio garante que Val�rio n�o falou sobre supostas amea�as ou chantagens que estaria fazendo ao partido ou ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O empres�rio apontado como o operador do mensal�o, segundo o ex-deputado, fez um desabafo e criticou a den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica, que indicou que repasses de recursos autorizados pelo Banco do Brasil do Fundo Visanet para a DNA teriam sido usados no esquema.

“Ele fala que a Visanet deve para as empresas dele, que ele vai ganhar na Justi�a; que o pagamento adiantado � uma praxe de mercado; que os crit�rios da 8666 (Lei de Licita��es) n�o regem as pr�ticas do mercado privado de publicidade”, disse.

‘Rolo eleitoral’

O ex-deputado do PT se sente “100% descompromissado” com os correligion�rios que responder�o ao processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Mas acredita na vers�o de que o esc�ndalo n�o passou de um crime eleitoral.

Virg�lio se ressente do fato de, segundo ele, Dirceu, Genoino e Del�bio terem defendido sua expuls�o do partido por ele ter disputado a presid�ncia da C�mara dos Deputados na condi��o de candidato avulso, o que ajudou Severino Cavalcanti (PP-PE) a ser eleito, em 2005.

“A �nica coisa que eu tenho para te dizer � que at� onde a minha vista alcan�a n�o tem recursos p�blicos”, disse Virg�lio. “A impress�o que passa � que rolo eleitoral teve, com certeza. Mas se teve desvio de recurso p�blico eu n�o tenho conhecimento.