O advogado David Steenson, que representa as offshores Kildare e Durant perante a Corte Real de Jersey na a��o em que a Prefeitura de S�o Paulo busca repatriar US$ 22 milh�es - dinheiro supostamente desviado dos cofres p�blicos municipais na gest�o do deputado e ex-prefeito Paulo Maluf (1993-1996) -, informou que vai recorrer a “todos os tribunais dispon�veis, caso necess�rio, de qualquer decis�o adversa tomada em primeira inst�ncia”.
O Minist�rio P�blico Estadual (MPE) sustenta que Maluf teria recebido recursos desviados da constru��o da Avenida �gua Espraiada, depois rebatizada de Roberto Marinho, na zona sul. Parte desse dinheiro teria sido remetida para contas daquelas offshores, Kildare e Durant. O ex-prefeito nega desvios em sua gest�o.
Na sexta, o jornal O Estado de S.Paulo informou que a Justi�a de Jersey recha�ou as principais teses da defesa na a��o de repatria��o do dinheiro. Argumentos sobre a falta de compet�ncia da Prefeitura para entrar com a a��o e suposta prescri��o dos atos atribu�dos ao ex-prefeito n�o foram considerados v�lidos. A senten�a sobre a devolu��o ou n�o dos US$ 22 milh�es reclamados pela Prefeitura deve sair nas pr�ximas semanas.
David Steenson advoga os interesses das duas offshores que, segundo o Minist�rio P�blico paulista, seriam controladas por Fl�vio Maluf, filho do ex-prefeito. Durante sess�es do julgamento ocorridas duas semanas atr�s, a defesa das offshores admitiu a liga��o de Fl�vio com as contas em Jersey. Chegou a dizer que o pr�prio ex-prefeito as usou, mas para dep�sitos de dinheiro obtido em neg�cios “privados”.
No recente comunicado, Steenson repetiu o argumento dos advogados de Maluf no Brasil e disse que fala “exclusivamente pelas empresas”, n�o pela fam�lia do ex-prefeito. E insistiu no argumento central da defesa das offshores na ilha do Canal da Mancha. A “entidade correta que deveria estar envolvida nos procedimentos, se de fato houver tal demanda, seria a Emurb, que assinou os contratos com as empreiteiras em mar�o de 1987”, e n�o o munic�pio.
No comunicado, Steenson anotou: “Os advogados de defesa gostariam de informar sua inten��o de apelar a todos os tribunais dispon�veis, caso necess�rio, de qualquer decis�o adversa tomada em primeira inst�ncia pela Corte Real de Jersey.”