Presidente nacional do PTB e um dos 38 r�us no processo do mensal�o, Roberto Jefferson afirmou ter “salvado” o Brasil do ex-ministro Jos� Dirceu, foco do seu ataque nas den�ncias sobre a exist�ncia de um esquema de corrup��o no governo de Luiz In�cio Lula da Silva.
Usando termos pr�prios de torneios de luta livre, Jefferson deu sinais, no entanto, de que n�o entrar� mais em embate com Dirceu e atribuiu ao Supremo Tribunal Federal e � opini�o p�blica a tarefa de julgar Dirceu.
“O meu oct�gono de luta com ele j� se exauriu. A luta agora � de voc�s (imprensa), da opini�o p�blica e dos ministros. Estou satisfeito”, disse o ex-deputado. Jefferson voltou a eximir o ex-presidente de qualquer responsabilidade pelo mensal�o.
Democracia
Abatido e com a respira��o ofegante, logo na sa�da do Hospital Samaritano onde passou por cirurgia para a retirada de um tumor no p�ncreas, Jefferson disse acreditar na Justi�a e classificou o julgamento do STF como “o maior momento de afirma��o da democracia no Brasil”. Para ele, a acusa��o do Procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, foi eficaz, apesar da “prova ser fr�gil” em muitos momentos.
“Ele tem raz�o em muitas coisas que ouvi durante as cinco horas do seu relat�rio e n�o tem raz�o em outras tantas que eu ouvi tamb�m. Falou a acusa��o. Agora, nessa festa democr�tica do Brasil, que n�s estamos vivendo, falar�o as defesas. E n�s vamos escutar todas elas”, afirmou.
Recupera��o
O PT de Dirceu foi atacado por Jefferson at� mesmo em seu coment�rio sobre o tratamento m�dico. “Eu sou um guerreiro. J� peitei o PT sozinho de frente. O que eu n�o vou fazer com um c�ncerzinho de p�ncreas?”, provocou o ex-deputado, que disse ter recebido o diagn�stico da doen�a com serenidade e estar confiante na cura.
O presidente do PTB deixou o hospital ao lado da mulher, Ana L�cia Novaes, em dire��o � sua resid�ncia na Barra da Tijuca. Ele permanecer� no Rio de Janeiro por pelo menos 15 dias em observa��o m�dica e iniciar� a quimioterapia na segunda quinzena de setembro.