A terceira semana de julgamento do mensal�o no Supremo Tribunal Federal (STF) come�a nesta segunda-feira com a defesa de mais cinco r�us, entre eles quatro ex-deputados. � a �ltima etapa da fase de defesa. Ser�o apresentadas hoje as defesas dos ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ), que denunciou o esquema, e Bispo Carlos Rodrigues (do ent�o PL-RJ), al�m de mais tr�s ex-parlamentares. Todos respondem pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro.
A expectativa � que a fase das defesas acabe no pr�ximo dia 15. Em seguida, come�a a etapa dos votos dos ministros da Suprema Corte, come�ando pelo relator Joaquim Barbosa. Ele disse que seu voto tem cerca de mil p�ginas, mas que pretende apresentar um resumo. Por�m, o advogado M�rcio Thomaz Bastos pediu que os 11 ministros apresentem seus votos por inteiro, sem s�nteses.
Com a defesa do advogado Itapu� Prestes de Messias, o ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri responde tamb�m sobre os os crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. Ele ser� o terceiro caso mencionado ao longo do dia.
Tamb�m pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro respondem os ex-deputados Romeu Ferreira Queiroz (na �poca no PTB-MG), cuja defesa ser� feita pelo advogado Jos� Antero Monteiro Filho, e Jos� Borba (PMDB-PR), defendido por Inoc�ncio Coelho.
Nos �ltimos dias, as defesas dos r�us insistiram na inoc�ncia de seus clientes, mas v�rios advogados admitiram a exist�ncia de caixa 2, embora n�o tenham reconhecido a exist�ncia do mensal�o. Pela den�ncia do Minist�rio P�blico, o mensal�o foi um esquema montado no governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para comprar apoio de parlamentares e para saldar d�vidas de campanha com dinheiro n�o contabilizado, o chamado caixa 2.
No dia 3, o procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, concluiu a sustenta��o oral pedindo a condena��o de 36 dos 38 r�us. O ex-ministro da Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica Luiz Gushiken e o assessor do PL (atual PR) Antonio Lamas foram exclu�dos da condena��o por falta de provas.
Em cerca de cinco horas, Gurgel disse que foi amea�ado e sofreu ataques. Fez um relato detalhado sobre o esquema do mensal�o, defendeu que a justa aplica��o de penas marcar� um “paradigma hist�rico”.
Para cada situa��o, Gurgel apontou um crime. Os delitos citados na den�ncia, variando conforme o r�u, s�o forma��o de quadrilha (pena de um a tr�s anos de pris�o), corrup��o ativa e passiva (dois a 12 anos cada), peculato (dois a 12 anos), evas�o de divisas (dois a seis anos), gest�o fraudulenta de institui��o financeira (tr�s a 12 anos) e lavagem de dinheiro (tr�s a dez anos). Alguns crimes, segundo o procurador, foram cometidos v�rias vezes e por isso alguns r�us respondem a dezenas de acusa��es.