Bras�lia – A defesa do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto negou que ele tenha praticado os crimes de lavagem de dinheiro e corrup��o ativa, ao fazer sua sustenta��o oral nesta ter�a-feira, no julgamento do mensal�o, no Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado Roberto Pagliuso disse que Adauto s� � r�u no processo porque fez um �nico telefonema ao ex-tesoureiro do PT Del�bio Soares.
Segundo Pagliuso, Adauto ligou para Del�bio para ajudar o ex-deputado Romeu Queiroz. O advogado disse que Queiroz procurou Adauto para saber como poderia saldar suas d�vidas de campanha, pois as contas n�o estavam fechando. Diante disso, Adauto contou a Queiroz que ele recebeu o dinheiro para pagar suas d�vidas de campanha de Del�bio Soares. “Houve, de fato, uma �nica conversa de Anderson Adauto com Romeu Queiroz. […] E esse telefonema [a Del�bio] lhe custou a condi��o de r�u pela pr�tica do crime de corrup��o ativa.”
Na a��o penal, Anderson Adauto responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrup��o ativa. Adauto foi ministro dos Transportes entre 2003 e 2004 e, atualmente, � prefeito do munic�pio mineiro de Uberaba.
Na den�ncia do Minist�rio P�blico Federal (MPF), Adauto � citado como operador do esquema do mensal�o, organizado para comprar o apoio de parlamentares e para saldar d�vidas de campanha com dinheiro n�o contabilizado, o chamado caixa 2. De acordo com o MPF, o ex-ministro recebeu propina do publicit�rio mineiro Marcos Val�rio por meio de assessores e intermediou repasses de recursos para o PTB.
Durante a sustenta��o, Pagliuso admitiu que Adauto recebeu dinheiro do PT para saldar d�vidas de campanha do PL. No entanto, ele afirmou que o ex-ministro n�o sabia da origem il�cita dos recursos.
De acordo com o advogado, Adauto sofreu duras cr�ticas de advers�rios pol�ticos por ser r�u na do processo do mensal�o. “Ser r�u nesta a��o penal � particularmente doloroso. Conduz a uma dimens�o onde n�o h� individualidade. Anderson sofreu s�rios ataques, pois foi duramente criticado por seus advers�rios pol�ticos.”
Pagliuso tamb�m desqualificou as acusa��es do MPF. Segundo ele, o procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, acusou Adauto, mas n�o provou se ele praticou os crimes dos quais foi acusado. “O decreto de fal�ncia dessa den�ncia veio com as alega��es finais do MPF. Essa pe�a � a melhor defesa de Anderson Adauto.”
Ap�s a sustenta��o oral do advogado de Anderson Adauto, a sess�o foi encerrada e continuar� amanh� (15) a partir das 14h.