O procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, afirmou nesta ter�a-feira que seria melhor que o ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), votasse "em alguma coisa do que em nada" no processo do mensal�o. Ao elogiar a forma de vota��o fatiada do processo, que segue o modelo adotado na den�ncia oferecida pelo Minist�rio P�blico Federal, Gurgel disse que Peluso "estudou os autos, conhece bem os autos e far� falta, seja em que sentido ser� o voto".
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Peluso aposenta-se compulsoriamente do STF no dia 3 de setembro, quando completar� 70 anos. Com a forma fatiada, o ministro n�o poderia votar em todos os itens da den�ncia. Ministros j� d�o como certo que Peluso n�o se manifestar� sobre o t�pico que acusa o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu de ser o chefe da quadrilha do suposto esquema de compra de apoio pol�tico no governo Lula.
H� tamb�m d�vidas jur�dicas sobre se Peluso poderia, mesmo com o fatiamento do julgamento, apresentar todo o seu voto antes do relator, ministro Joaquim Barbosa, e do revisor, ministro Ricardo Lewandowski.
Gurgel elogiou o voto manifestado por Barbosa, que, nos casos envolvendo o deputado federal Jo�o Paulo Cunha (PT-SP) e o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, acompanhou por completo a posi��o do MP. O chefe do MP disse que a escolha do relator de apreciar por partes o processo facilita a compreens�o do caso. Segundo ele, n�o h� nada "confuso" na f�rmula adotada pelo relator.